O Tesouro Nacional levantou US$ 4,5 bilhões junto a investidores internacionais, com um aumento nas taxas em comparação com emissões anteriores. Este montante resultou do lançamento, ocorrido na última segunda-feira (22), de US$ 2,25 bilhões em títulos da dívida externa com vencimento em 2034 e outros US$ 2,25 bilhões em papéis com vencimento em 2054.
Quer receber os conteúdos da TrendsCE no seu smartphone?
Acesse o nosso Whatsapp e dê um oi para a gente
A taxa aplicada na emissão dos títulos de dez anos atingiu 6,35% ao ano, superando a taxa de 6,15% ao ano registrada no último lançamento desse tipo em abril de 2023. Apesar do aumento nas taxas, fontes do Tesouro afirmam que essas foram inferiores às expectativas, que previam 6,5% ao ano.
No caso dos papéis de 30 anos, a taxa alcançou 7,15% ao ano. Na emissão mais recente em junho de 2021, os juros foram de 4,925% ao ano, sendo esse aumento atribuído principalmente às mudanças nas taxas nos Estados Unidos, que, em 2021, estavam historicamente baixas devido ao estímulo econômico durante a pandemia de covid-19.
Quanto aos títulos de dez anos, as taxas atingiram os níveis mais elevados desde fevereiro de 2005, enquanto, para os títulos de 30 anos, representam o patamar mais alto desde agosto de 2006.
Os juros básicos nos Estados Unidos começaram a subir em 2022 e, desde julho do ano passado, mantêm-se estáveis entre 5,25% e 5,5% ao ano. Como a taxa final dos títulos brasileiros no exterior está vinculada ao rendimento dos títulos norte-americanos, considerados investimentos de maior segurança, somado a um prêmio de risco, os juros dos papéis brasileiros também foram impactados.
Taxas mais baixas indicam menor desconfiança dos investidores em relação à capacidade do Brasil de honrar sua dívida. Em cenários de crise econômica e aumento nas taxas externas, como o atual, os investidores estrangeiros passaram a exigir juros mais elevados para adquirir títulos brasileiros.
A partir do lançamento de títulos da dívida externa, o governo obtém empréstimos de investidores internacionais, comprometendo-se a reembolsar os recursos com juros. Isso implica que o Brasil reembolsará o montante, daqui a vários anos, com a correção acordada de 6,35% ao ano para os títulos decenais e 7,15% ao ano para os títulos de 30 anos.
*Com informações da Agência Brasil.
Futuro do Ibovespa deve ter horário estendido até o fim de 2024
B3 tem queda de investidores mas registra maior participação feminina