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Estudo da FGV aponta Ceará como único estado em que ricos não apresentaram aumento de renda

baixa arrecadação dos ricos

Na esteira da expansão do agronegócio, os mais ricos nos estados onde esse setor predomina experimentaram os maiores ganhos de renda no país nos últimos anos, segundo olevantamento do economista Sérgio Gobetti, publicado no Observatório de Política Fiscal da Fundação Getulio Vargas (FGV).


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Mato Grosso do Sul lidera o ranking, na região a renda do 0,01% mais rico aumentou 131% acima da inflação entre 2017 e 2022, enquanto o Ceará é o estado em que a elite apresentou o desempenho mais negativo, com um queda real de 9%.

O aumento nos ganhos dos super-ricos está atraindo empreendimentos e serviços de luxo para as regiões agrícolas, incluindo condomínios residenciais com ampla infraestrutura de lazer, unidades habitacionais com três a quatro vagas de estacionamento por unidade, e um aumento na demanda por aviação executiva. 

O crescimento da renda na atividade rural, especialmente nos estratos mais ricos, se destaca, atingindo mais de 220% no período analisado, de acordo com o pesquisador.

No Mato Grosso do Sul, a oferta de loteamentos de luxo triplicou desde 2021, com a maioria das propriedades comercializadas sendo de alto padrão. Geraldo Paiva, presidente do Secovi no estado, observa que o mercado de luxo está aquecido não apenas em Campo Grande, mas também em cidades menores.

O crescimento econômico vertiginoso do Mato Grosso é evidente, passando do 11º PIB per capita em 2002 para o segundo lugar em 2021, superando São Paulo. A renda dos mais ricos nesse estado cresceu 115%, conforme destaca Sergio Vale, economista-chefe da MB Associados.

Em média, o aumento de renda do 0,01% mais rico, correspondendo a 15.366 pessoas entre os 38,4 milhões de declarantes do Imposto de Renda, foi de 49%. Contudo, nos estados agrícolas, esse aumento foi mais que o dobro. Esse fenômeno pode ser associado ao boom de commodities, propriedades extensas e maiores oportunidades de expansão para exportadores.

Segundo Gobetti, a renda dos mais ricos no Mato Grosso chega a ser 364 vezes maior que a da classe média no estado. Essa concentração de renda, evidenciada pelo estudo, mostra diferenças regionais significativas, sendo mais pronunciada em estados com economia predominantemente agrícola.

O Centro-Oeste registrou um aumento na massa de renda da classe A, com crescimento de 10,7% em 2023, após um aumento de 13,8% em 2022, de acordo com a Tendências Consultoria. Em contraste, o Ceará teve a pior performance.

*Com informações do portal O Globo.

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