Fernando Haddad, ministro da Fazenda, afirmou que a continuidade da queda da Taxa Selic dependerá do cenário internacional, após os cortes de juros já anunciados pelo Banco Central (BC) no início deste ano. Haddad indicou que se os Bancos Centrais das economias avançadas começarem a reduzir os juros neste semestre, isso abrirá espaço para novas quedas nas taxas brasileiras no segundo semestre.
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O ministro, ao retornar de uma reunião na Casa Civil, expressou suas impressões sobre a possibilidade de início do ciclo de cortes no exterior em março, destacando que, embora não seja o cenário mais provável, parece realista para o primeiro semestre. Ele ressaltou que mudanças positivas nesse sentido seriam benéficas para o Banco Central brasileiro, podendo influenciar a projeção da taxa de juros terminal.
O Comitê de Política Monetária (Copom) do BC tem sua primeira reunião do ano nesta quarta-feira (31) para deliberar sobre a Taxa Selic, atualmente em 11,75% ao ano. A expectativa de várias instituições financeiras é que o Copom realize três reduções até maio.
Sobre a Dívida Pública Federal, que alcançou R$ 6,52 trilhões ao final de 2023, Haddad explicou que parte do aumento decorre de compromissos do governo anterior, como a quitação de precatórios e a ajuda financeira a estados para compensar a redução do imposto estadual sobre os combustíveis. Ele enfatizou que o aumento da dívida é uma consequência do déficit primário e dos juros sobre a dívida.
O ministro comentou também o déficit primário do Governo Central, destacando que, sem o pagamento de precatórios atrasados, o déficit cairia para R$ 138,1 bilhões, após decisão do Supremo Tribunal Federal.
Em relação ao crescimento econômico, Haddad expressou a expectativa do governo de alcançar um crescimento acima de 2% em 2024. Ele mencionou que o governo está confiante em superar as previsões, destacando medidas como o Novo Marco de Garantias, sancionado em outubro e ainda pendente de regulamentações, que tem o potencial de impactar positivamente o ambiente de negócios e impulsionar o crescimento. O ministro afirmou que os dados preliminares da economia em janeiro estão “bastante razoáveis”.
*Com informações do portal Agência Brasil.
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