Raízen e Vibra anunciaram planos relacionados à transição energética que giram em torno do etanol, durante a LAIC 2024, uma das maiores conferências de investimentos do ano, organizada pelo banco suíço UBS, os CEOs de ambas as empresas compartilharam suas estratégias para o setor.
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A Raízen, uma das principais produtoras mundiais de biocombustíveis e a maior produtora de etanol de cana, destaca o álcool combustível como um verdadeiro “meio de transporte”, segundo Ricardo Mussa, CEO da empresa. Ele considera essa abordagem como uma forma inteligente para que o Brasil se posicione favoravelmente na transição energética, exportando energia “limpa, verde e econômica” para o mercado global.
Mussa enfatiza a riqueza em hidrogênio na fórmula do etanol, um elemento denso em energia e visto como uma excelente maneira de ser transformado em eletricidade. Ele propõe a utilização da molécula do etanol para transportar o hidrogênio, evitando a necessidade de estruturas caras, como canos de alta pressão.
Além disso, o CEO da Raízen destaca a vantagem competitiva do Brasil no mercado de energia, mencionando contratos de longo prazo para fornecimento de etanol que oferecem estabilidade em um setor conhecido por sua volatilidade.
Enquanto isso, na Vibra, a aposta na transição energética já implicou investimentos de R$ 4 bilhões nos últimos anos. O CEO Ernesto Pousada destaca que a Vibra é uma das principais geradoras de energia solar no Brasil e está fortemente comprometida com a produção de etanol de milho.
Pousada prevê que a eletrificação da frota de veículos no Brasil está distante, estimando um período de 20 a 30 anos para essa transição. Ele destaca as oportunidades consideráveis com o etanol de milho, apesar da evolução gradual em direção aos combustíveis líquidos.
Além disso, a Vibra investe em outras frentes na transição energética, incluindo energia renovável por meio da Comerc e a produção de metanol verde com a Inpasa.
*Com informações do portal Seu Dinheiro.