Durante o Show Rural Coopavel, em Cascavel (PR), Neri Geller, secretário de Política Agrícola do Ministério da Agricultura e Pecuária, afirmou que o governo planeja aumentar os fundos alocados para o Programa de Subvenção ao Prêmio do Seguro Rural (PSR) no próximo Plano Agrícola e Pecuário 2024/25.
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Ele destacou que essa proposta ainda está em estágio inicial e exigirá apoio parlamentar para efetuar mudanças na legislação. Geller ressaltou que o propósito do seguro rural vai além da busca por financiamento. A proposta do governo é promover uma maior supervisão visando garantir transparência, com a competição proporcionando mais alternativas aos agricultores.
Além disso, o secretário defendeu uma revisão do Programa de Garantia da Atividade Agropecuária (Proagro), argumentando que os recursos estão sendo mal administrados. Ele informou que esse assunto já foi discutido com o Banco Central (BC) e o ministro do Desenvolvimento Agrário, Paulo Teixeira.
“Estamos bem alinhados para que a gente reestruture o Proagro e tire uma parte daquele recurso que não é bem aplicado para que o seguro possa ter mais dinheiro mesmo em momentos de dificuldade quando o orçamento está muito apertado”, concluiu Geller.
O secretário também afirmou que o governo está observando de perto as questões relacionadas às perdas dos produtores devido à seca, mas é necessário ter cautela ao discutir o prolongamento das dívidas. Recentemente, a Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja-MT) propôs a destinação de R$ 500 milhões do Tesouro para estender as dívidas dos produtores do estado e a criação de linhas de crédito emergenciais através do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).
Durante uma conversa com a imprensa na feira, Geller destacou que o Ministério da Agricultura já estabeleceu algumas linhas de crédito para adiantar pagamentos de custeio em dólares, com taxas de juros bastante baixas, variando de 7,8% a 8%.
Ele mencionou que os produtores rurais da região tiveram quatro anos de boas safras e renda. Por isso, o governo precisa proceder com cautela para evitar a criação de instabilidade e impedir que os produtores entrem em recuperação judicial.
*Com informações do portal Canal Rural.
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