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Dólar chega a quase R$ 5 após dados do seguro-desemprego nos Estados Unidos

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O mercado financeiro enfrentou uma jornada tumultuada na última quinta-feira (8). O dólar se aproximou de R$ 5 com a divulgação de dados favoráveis sobre o mercado de trabalho nos Estados Unidos. Enquanto isso, a bolsa registrou queda devido à inflação de janeiro no Brasil, que superou as expectativas.


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O dólar comercial encerrou o dia sendo negociado a R$ 4,995, com um aumento de R$ 0,027 (+0,54%). Durante a maior parte da manhã, o dólar manteve-se estável, mas subiu abruptamente após os pedidos de seguro-desemprego nos EUA na semana passada ficarem abaixo do previsto. Por volta das 14h, atingiu sua máxima do dia, ultrapassando os R$ 5, mas desacelerou posteriormente. Essa foi a maior cotação do ano, acumulando um aumento de 1,16% em fevereiro.

O mercado de ações também experimentou um dia tenso, com o índice Ibovespa, da B3 (Bolsa de Valores), fechando em 128.217 pontos, uma queda de 1,33%. Isso foi influenciado pela expectativa de que o Banco Central (BC) não reduza a taxa Selic mais do que 0,5 ponto percentual por reunião até maio.

A moeda norte-americana aumentou globalmente após os pedidos de seguro-desemprego nos EUA totalizarem 218 mil na semana passada, ligeiramente abaixo das expectativas. Esse bom desempenho no mercado de trabalho diminui as chances de o Federal Reserve (Banco Central dos EUA) começar a reduzir os juros básicos no primeiro semestre.

Juros elevados em economias desenvolvidas incentivam a saída de capitais de países emergentes, como o Brasil, em direção aos títulos do Tesouro dos EUA, considerados investimentos mais seguros, o que pressiona a cotação do dólar para cima.

Quanto à Bolsa de Valores, a divulgação de que o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) ficou em 0,42% em janeiro contribuiu para a queda. Apesar da desaceleração em relação a dezembro, a inflação superou as expectativas.

A pressão dos alimentos e dos combustíveis sobre a inflação reduz as chances de o Banco Central brasileiro continuar a reduzir a taxa Selic após maio. Juros elevados no Brasil desencorajam investimentos na Bolsa de Valores, com os investidores preferindo a renda fixa, que é menos arriscada.

*Com informações do portal Agência Brasil.

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