O governo federal anunciou que a produção de energia elétrica no Brasil em 2023 alcançou a menor taxa de emissão de carbono em 11 anos. O Sistema Interligado Nacional (SIN) gerou em média 38,5kg de dióxido de carbono, CO², por megawatt/hora (MWh) produzido pelas usinas, em comparação com os 61,7kg/MWh de 2022 e patamares anteriores acima de 100kg/MWh.
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De acordo com o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MTCI), esse é o valor mais baixo desde 2012. Enquanto isso, o Ministério de Minas e Energia (MME) atribui esse resultado ao aumento da participação de fontes limpas na matriz energética, esforços para diminuir o uso de termelétricas e ao cenário hídrico favorável.
Em 2023, o Brasil registrou um recorde histórico em energia renovável, com 93,1% de toda a eletricidade produzida proveniente de fontes como hidrelétricas, usinas eólicas e solares. Cerca de 70% da produção dentro do SIN vem da energia hidrelétrica e 15% da eólica, de acordo com a Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE).
Apesar disso, a maior elevação na capacidade energética aconteceu com usinas eólicas e solares. A capacidade de geração de energia no Brasil aumentou em cerca de 10,3 gigawatts (GW) no ano passado, alcançando um total de 200GW em toda a matriz. Dessa expansão, 69% foram atribuídos às turbinas, com 140 novos parques eólicos inaugurados, enquanto 25% do crescimento foi impulsionado por 104 novas usinas fotovoltaicas.
As hidrelétricas também tiveram um desempenho positivo, com os reservatórios atingindo os maiores níveis dos últimos 20 anos em junho, ultrapassando 80% da capacidade. Em geral, as usinas estavam cheias em 2024.
O MME enfatizou que a predominância dessas três fontes de energia limpa na matriz brasileira reduz a necessidade de recorrer às termelétricas, alternativa que aumenta as tarifas e emite grandes quantidades de carbono. No entanto, as termelétricas ainda são consideradas necessárias para garantir a segurança do sistema elétrico, especialmente durante ondas de calor que aumentam a demanda, como as registradas em 2023.
Durante esses períodos de alta demanda, a produção das termelétricas aumentou em 63%, refletindo a necessidade de suporte adicional. Apesar disso, a queima de combustíveis fósseis diminuiu consideravelmente em 2023, resultando em uma redução de R$ 1,3 bilhão na Conta de Consumo de Combustíveis (CCC) em comparação com 2022.
Para 2024, a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) prevê uma expansão ligeiramente menor na capacidade produtiva, mas próxima ao resultado do ano anterior, com 10,1GW adicionais instalados. Apenas em janeiro, foram acrescentados 422,2MW de fontes eólicas, 198,12MW de energia solar e 1,24MW de pequenas hidrelétricas à matriz.
Esses dados destacam que, embora o consumo de energia brasileiro esteja aumentando, as energias limpas estão não apenas suprindo a demanda, mas também reduzindo a necessidade de fontes mais poluentes.
*Com informações portal Correio Braaziliense
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