Um consórcio composto por 20 grandes empresas globais de tecnologia, incluindo OpenAI, Google, X (ex-Twitter), TikTok e Meta, anunciou a assinatura de um acordo visando evitar que conteúdos enganosos gerados por inteligência artificial (IA) influenciem eleições em todo o mundo em 2024.
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Conforme comunicado da assessoria de imprensa das empresas, as gigantes da tecnologia se comprometeram a trabalhar em conjunto no desenvolvimento de ferramentas para detectar e lidar com a disseminação online de conteúdo de inteligência artificial, realizar campanhas educacionais e garantir transparência, entre outras medidas concretas.
O acordo foi anunciado durante uma conferência de segurança em Munique, Alemanha, e foi assinado pelas empresas Adobe, Amazon, Anthropic, Arm, ElevenLabs, Google, IBM, Inflection AI, LinkedIn, McAfee, Meta, Microsoft, Nota, OpenAI, Snap Inc., Stability AI, TikTok, Trend Micro, Truepic e X.
O documento de três páginas estabelece metas e princípios genéricos, como o desenvolvimento de tecnologia para mitigar riscos, a detecção da distribuição de conteúdo enganoso e a prestação de transparência ao público sobre a abordagem das empresas em relação ao tema. O acordo não menciona nenhum país especificamente e destaca a preocupação com mais de 40 países que terão eleições em 2024, totalizando mais de 40 bilhões de pessoas.
No Brasil, onde não existe uma legislação específica sobre o assunto, a questão da inteligência artificial nas campanhas eleitorais deste ano deve ser abordada em uma resolução do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Um rascunho elaborado pela vice-presidente do tribunal, ministra Cármen Lúcia, e ainda sujeito à análise do plenário, estabelece que será obrigatório que os usuários informem o uso de inteligência artificial para a geração de conteúdo.
O ministro do TSE Floriano de Azevedo Marques Neto afirmou em meados de janeiro que a principal preocupação do tribunal brasileiro é com a manipulação de imagens e vozes de pessoas, conhecidas como deepfakes. Segundo ele, a IA teve pouca influência no pleito de 2022 e quase nenhuma em 2020.
No Brasil, as últimas eleições já enfrentaram o desafio de combater as fake news, que muitas vezes envolviam informações descontextualizadas.
Para especialistas, embora a desinformação ligada à política não seja uma novidade, a dificuldade em lidar com o problema pode se intensificar com o avanço da tecnologia, que pode deixar um número maior de eleitores em dúvida sobre o que é verdade ou mentira.
*Com informações do portal Diário do Comércio.
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