O Brasil planeja utilizar sua presidência no G20 deste ano para progredir nas conversas sobre a unificação de normas e certificações para a bioenergia, visando expandir os mercados para produtos agrícolas relacionados. De acordo com Laís Garcia, chefe da divisão de Energias Renováveis do Ministério de Relações Exteriores, é essencial estabelecer regras comuns para criar um mercado global, especialmente para avaliar a intensidade de carbono dos combustíveis e recompensar os produtos mais sustentáveis.
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Essas discussões ocorrem no contexto da Aliança Global pelos Biocombustíveis (GBA), formada por Brasil, Índia, Estados Unidos e outros países, onde o Brasil busca compartilhar sua expertise em biocombustíveis para influenciar os critérios de sustentabilidade na GBA.
Um exemplo mencionado é o RenovaBio, programa implementado em 2017 que estabeleceu metas de descarbonização para o setor de combustíveis do Brasil através da emissão e compra de certificados.
No entanto, as restrições relacionadas às matérias-primas para biocombustíveis, especialmente da União Europeia, representam um desafio devido a preocupações com segurança alimentar e desmatamento, levando a uma preferência por soluções baseadas em eletrificação ou hidrogênio para descarbonização.
Além disso, a promoção de mercados para combustíveis sustentáveis é uma das prioridades do Grupo de Trabalho de Transições Energéticas do G20, juntamente com a redução do custo do financiamento e a inclusão da dimensão social na transição energética.
Thiago Barral, secretário Nacional de Transição Energética e Planejamento do Ministério de Minas e Energia (MME), enfatizou a necessidade de avançar nas certificações para abrir novos mercados, apesar da importância da eletrificação na descarbonização. O grupo agora precisa detalhar o plano de ação até a reunião ministerial de Transições Energéticas em outubro.
*Com informações do portal epbr.
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