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Existem tecnologias que atendem a essas necessidades, como o monitoramento não invasivo da pressão e complacência intracraniana. (Foto: Freepik)

Uso de IA e Monitoramento cerebral podem aprimorar cuidados de pacientes neurocríticos

Por: Redação | Em:
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Recursos de monitoramento cerebral junto à Inteligência Artificial (IA) em um contexto multimodal têm o potencial de influenciar os cuidados prestados aos pacientes neurocríticos, aumentando as chances de desfechos favoráveis, especialmente em casos graves. Além disso, essas tecnologias podem impactar positivamente os aspectos comerciais das instituições de saúde, o que é crucial diante das dificuldades enfrentadas pelo setor.


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Esse movimento já está em andamento, como discutem os médicos Carlos Nassif, da UTI do Hospital Nove de Julho e da UTI do Serviço de Cirurgia Emergência do HCFMUSP, e Victor Gadelha, responsável pela Inovação Médica em hospitais da DASA.

Os especialistas apresentam exemplos concretos de como essas tecnologias têm beneficiado os pacientes e contribuído para os resultados financeiros das instituições onde trabalham. Este é um tema de interesse para toda a cadeia de saúde, como destacado por dados recentes de uma pesquisa realizada pela Associação Nacional de Hospitais Privados (Anahp) durante o congresso nacional Conahp 2023.

Entre as muitas mudanças necessárias apontadas pelos participantes da pesquisa estão o acesso rápido aos cuidados, o diagnóstico precoce, o tratamento adequado, a gestão eficiente de recursos e a adoção de tecnologia e inovação.

Já existem tecnologias que atendem a essas necessidades, como o monitoramento não invasivo da pressão e complacência intracraniana desenvolvido pela brain4care, uma inovação científica pioneira no Brasil. Essa tecnologia permite monitorar pacientes com um sensor externo na cabeça, fornecendo informações em tempo real sobre a pressão intracraniana e complacência, sem a necessidade de métodos invasivos como a inserção cirúrgica de um cateter na caixa craniana.

Nassif, que utiliza essa tecnologia há cerca de oito anos, descobriu que as informações sobre a complacência intracraniana podem ser especialmente úteis como indicadores precoces, permitindo intervenções preventivas antes do aumento da pressão intracraniana em pacientes com traumatismo craniano, por exemplo.

Além disso, o monitoramento não invasivo da pressão e complacência intracraniana ajuda na triagem e seleção segura dos pacientes que necessitam de outros procedimentos, como tomografias ou outros exames diagnósticos, evitando transporte desnecessário de pacientes graves para salas de imagem ou realização de exames invasivos com risco de infecção.

Nos últimos quatro anos, Gadelha tem observado de perto o empreendedorismo de startups brasileiras na área de saúde. Ele destaca que, ao contrário do que muitos gestores de saúde pensam, a tecnologia brain4care é uma solução de baixo custo que fornece informações clínicas relevantes e pode contribuir para decisões mais assertivas em relação aos pacientes, reduzindo o tempo de internação e aumentando a eficiência dos leitos hospitalares.

Gadelha ressalta ainda que as perspectivas de avanço são promissoras com o uso da Inteligência Artificial, que não substitui o trabalho humano, mas pode ser uma ferramenta poderosa para interpretar os dados gerados por diversas tecnologias, como a brain4care, exames de imagem e outros dispositivos de monitoramento. Essa abordagem, conhecida como Inteligência Artificial Multimodal, é uma tendência crescente na medicina.

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