O governo apresentou o programa Eco Invest Brasil, na última segunda-feira (26), visando atrair investimentos estrangeiros para iniciativas sustentáveis por meio do hedge cambial de longo prazo no Programa de Mobilização de Capital Privado e Proteção Cambial.
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Essa iniciativa, fruto de uma colaboração entre o Ministério da Fazenda, o Ministério do Meio Ambiente e organizações internacionais envolvidas no Plano de Transformação Ecológica do Brasil, busca facilitar operações no mercado de capitais para mitigar os riscos decorrentes da volatilidade do câmbio e promover investimentos cruciais para a transformação ecológica no país.
O programa não visa interferir no mercado cambial nem reduzir a volatilidade, mas sim oferecer proteção específica para projetos relacionados a ele. O Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) atuará como intermediário devido à sua classificação de crédito “triplo A”, o que lhe confere maior capacidade para contratar proteção cambial em condições favoráveis.
O BID destinará US$ 5,4 bilhões (cerca de R$ 27 bilhões) para impulsionar o projeto, sendo US$ 3,4 bilhões em derivativos e US$ 2 bilhões em linhas de crédito. O Banco Central do Brasil servirá como ligação entre o BID e os projetos ecológicos brasileiros, enquanto o governo disponibilizará uma linha de liquidez especial para garantir suporte financeiro em momentos de variações abruptas na taxa de câmbio.
Essa medida é especialmente relevante para projetos que geram receita em reais, mas necessitam de financiamento em moedas estrangeiras, como o dólar, conforme destacado pela Fazenda. O Tesouro Nacional será responsável por regulamentar a linha de crédito, definir a alocação de recursos, estabelecer prestação de contas, divulgar informações e elaborar relatórios de alocação.
A implementação do projeto está prevista após a edição de uma Medida Provisória para formalizar sua criação.
*Com informações do portal Money Times.
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