O uso do hidrogênio desempenhará um papel importante na redução das emissões de carbono do Brasil que serão apresentadas na próxima Contribuição Nacionalmente Determinada (NDC) no âmbito do Acordo de Paris, segundo representante do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC).
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Durante uma audiência pública sobre hidrogênio no Senado, na última terça-feira (27), Gustavo Fontenele, coordenador da Secretaria de Economia Verde, sugeriu que o uso desse recurso energético deve ser considerado no Plano Nacional de Mudança do Clima.
De acordo com Fontenele, é fundamental compreender o papel do hidrogênio nas discussões em curso no Plano Nacional de Mudança do Clima, que está sendo delineado no grupo de trabalho de mitigação, na estratégia de implementação dos compromissos da NDC brasileira no Acordo de Paris..
O Grupo Técnico Temporário de Mitigação (GTT Mitigação) está encarregado de elaborar os Planos Setoriais de Mitigação dentro do Plano Clima. Esta iniciativa visa consolidar as estratégias e metas do governo federal para alcançar os objetivos climáticos estabelecidos pelo Brasil. O Plano terá validade entre 2024 e 2035.
Em 2023, o governo brasileiro atualizou sua NDC, retomando as ambições declaradas perante a ONU em 2015. Entretanto, o Ministério do Meio Ambiente (MMA) está trabalhando em uma nova versão do Plano Clima, que apresentará uma série de medidas para descarbonizar os diversos setores econômicos do país. Com base nessas medidas, o objetivo é calcular a quantidade de CO2 que pode ser reduzida por setor, estabelecer uma meta global e, em seguida, propor uma nova NDC.
Fontenele ressaltou a importância do avanço do mercado de hidrogênio dentro da recém-lançada política industrial do governo, o Nova Indústria Brasil. Ele enfatizou que o hidrogênio, além de ser um produto destinado à exportação, representa uma oportunidade para reduzir as emissões de carbono na indústria nacional.
Segundo ele, compreender o papel do hidrogênio é compreender essencialmente o núcleo da nova política industrial, anunciada pelo presidente, e o impacto que essa política tem como um impulsionador de todos os esforços conduzidos pelo Programa Nacional do Hidrogênio (PNH2).
De acordo com o MDIC, uma das principais barreiras para o desenvolvimento de projetos de hidrogênio em larga escala no Brasil é a dificuldade de acesso ao financiamento.
*Com informações do portal epbr.
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