Thiago Barral, Secretário Nacional de Transição Energética e Planejamento do Ministério de Minas e Energia (MME), durante uma audiência no Senado, afirmou que o estabelecimento de hubs para produção e consumo de hidrogênio verde implica uma mudança fundamental no planejamento energético, em comparação com o foco tradicional em linhas de transmissão, que são consideradas fundamentais para o avanço de grandes projetos no Brasil.
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Barral enfatiza várias questões-chave, incluindo a importância da infraestrutura necessária para apoiar esses projetos em larga escala, especialmente a infraestrutura de transmissão das redes elétricas. No início deste mês, o MME, em parceria com a Empresa de Pesquisa Energética (EPE), divulgou o cronograma de estudos de planejamento da transmissão para o ano de 2024.
O secretário aponta a necessidade de realizar um “estudo prospectivo para a integração de cargas de hidrogênio na região Nordeste“, visando identificar desafios e propor soluções para o fornecimento elétrico das unidades de produção de hidrogênio e amônia nessa área.
Ele também menciona que a EPE e o MME estão em contato direto com os empreendedores, buscando melhorar a metodologia e fazer possíveis ajustes regulatórios necessários. O principal objetivo desses estudos é identificar novas instalações ou equipamentos para expandir o sistema de transmissão de energia elétrica.
Nordeste apto para hidrogênio verde
Barral ressaltou que este é um novo paradigma de planejamento, onde a produção em grande escala de energia renovável e o consumo estão concentrados na mesma região, em vez de estarem dispersos pelo país. A região Nordeste, que já possui Ceará, Piauí, Pernambuco, Bahia e Rio Grande do Norte prontos para receber centros de hidrogênio verde, é destacada como um potencial epicentro deste novo modelo energético.
*Com informações do portal NE9.
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