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Índice mínimo de eficiência energética será proposto para edificações em 2025

eficiência energética

Samira Sousa, coordenadora geral de Eficiência Energética da Secretaria de Planejamento e Desenvolvimento Energético do Ministério de Minas e Energia (MME), anunciou esta semana que o governo está planejando estabelecer um índice mínimo de eficiência energética para edificações até 2025. De acordo com Sousa, esta iniciativa representa um marco, pois será a primeira vez que edificações serão obrigadas a cumprir esses requisitos.


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Segundo dados da Agência Internacional de Energia (IEA), para alcançar as metas estabelecidas pelo Acordo de Paris, será necessário triplicar os investimentos anuais em eficiência energética. Samira enfatizou a urgência dessa medida, ressaltando que o ritmo atual de investimentos não está atendendo às necessidades.

A representante do MME mencionou estudos que indicam a necessidade de um aumento significativo nos investimentos em eficiência energética nos países emergentes, sendo cerca de 23 vezes mais do que o investimento atual, para alcançar as metas de emissões líquidas até 2050, especialmente no setor de edificações.

As edificações brasileiras, que incluem residências, estabelecimentos comerciais e prédios públicos, consomem aproximadamente 50% da energia elétrica do país, conforme apontado pela Empresa de Pesquisa Energética (EPE). Samira destacou a importância de equilibrar o crescimento esperado do consumo de energia nos próximos anos com a necessidade de reduzir o desperdício, especialmente nos setores industrial e de edificações.

Durante um evento realizado no BNDES na última segunda-feira (4), Samira enfatizou que metade dos esforços para reduzir as emissões e manter o aumento da temperatura global abaixo de 1,5°C dependem de energias renováveis e eficiência energética, cada uma contribuindo com 25%.

A coordenadora salientou que a eficiência energética desempenha um papel crucial na redução das emissões e no cumprimento dos compromissos climáticos, equivalente ao das energias renováveis, apesar de muitas vezes não receber os investimentos adequados.

Além disso, ela lembrou ainda que o Brasil se comprometeu, durante a COP28, a dobrar a taxa média anual de melhoria da eficiência energética, passando de 2% para mais de 4% até 2030, e a reduzir as emissões relacionadas ao resfriamento em todos os setores da economia em pelo menos 68%, abrangendo sistemas de ar condicionado e refrigeração.

*Com informações do portal epbr.

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