Durante palestra no SXSW, intitulada “Fusão entre mente e máquina: 7 tendências em um mundo pós-IA“, a executiva Sandy Carter, COO da Unstoppable Domains e ex-vice-presidente da AWS compartilhou insights do seu livro recém-lançado, “The Tiger and the Rabbit”. A mensagem central proposta pela especialista, aplicável a todas as novas tecnologias, mas especialmente à inteligência artificial, é: “Pare de resistir, comece a aprender“.
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Ao longo da apresentação, Carter destacou as principais tendências de negócios para este ano, junto com as medidas que os líderes devem adotar em relação a cada uma delas.
De acordo com uma pesquisa da Unstoppable Domains, espera-se que 80% das empresas aumentem sua adoção de inteligência artificial até 2024. As ações da Nvidia estão em ascensão contínua, influenciando positivamente os valores das ações da Microsoft, Oracle e Amazon, que estão adquirindo grandes volumes de chips. Enquanto isso, o mercado de criptomoedas continua a expandir-se e estima-se que o volume de dados em todo o mundo alcance 6660 zetabytes nos próximos dez anos. Para contextualizar, isso equivale à quantidade de dados contida em 660 iPhones por pessoa no planeta.
Diante dessas tendências exponenciais, os líderes precisarão assimilá-las rapidamente, pois os funcionários irão demandar essa adaptação. É crucial proporcionar capacitação à equipe, agir com empatia e adquirir conhecimentos em tecnologia, não necessariamente para se tornarem técnicos, mas para compreenderem as novas ferramentas e seus principais usos.
A abordagem unimodal dos modelos de linguagem também está se tornando obsoleta. Agora, estamos testemunhando uma era multimodal, na qual modelos e dispositivos serão capazes de processar prompts em formatos variados, incluindo imagem, voz, dados e vídeo. Isso expandirá consideravelmente a quantidade de dados disponíveis para os líderes tomarem decisões informadas.
Para acompanhar essa evolução, é essencial que os líderes se familiarizem com os novos dispositivos multimodais, como o pin da Humane e o AI Agent Device Rabbit R1, bem como com robôs equipados com multisensores, capazes de realizar tarefas diversas, como entregas autônomas.
Além disso, os produtos mais procurados com inteligência artificial não são apenas assistentes virtuais, mas sim os companheiros artificiais, uma resposta à crescente epidemia de solidão, que aumentou em 44% desde a pandemia de COVID-19. Investir em tecnologias que criem ambientes digitais acolhedores pode se tornar uma estratégia valiosa para os líderes empresariais.
Os gêmeos digitais, que replicam virtualmente objetos físicos por meio de sensores, estão se tornando uma ferramenta onipresente, utilizada desde a medicina até a fabricação de veículos autônomos. Explorar como essa tecnologia pode ser aplicada em diferentes aspectos do negócio, desde testes de produtos até a otimização de processos, torna-se uma prioridade.
A tokenização, uma tendência crescente no universo blockchain, oferece oportunidades para garantir a autenticidade de objetos e contratos. Desde a comercialização de tokens de resíduos espaciais pela NASA até a aplicação em rastreamento de produtos e cumprimento de contratos, as possibilidades são vastas e merecem atenção por parte dos líderes empresariais.
Ademais, a convergência tecnológica está se tornando cada vez mais evidente, impulsionada pela inteligência artificial, que se combina com diversas tecnologias para criar novos mercados e atender a uma gama mais ampla de consumidores. A capacidade de otimizar dados provenientes da integração da IA com outras tecnologias se torna crucial para o sucesso empresarial.
Com o avanço da inteligência artificial, surgem também desafios, como a falta de confiança nos dados, alucinações e a perpetuação de preconceitos por modelos de linguagem. Lidar com esses problemas requer o fortalecimento de tecnologias que garantam a autenticidade e a transparência dos dados, bem como uma reflexão sobre quem deve arcar com os custos dessas soluções, seja no âmbito jornalístico ou em outros setores empresariais.
*Com informações do portal Época Negócios.
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