O calendário do G20 no Ceará será inaugurado entre os dias 10 e 12 de junho, com reuniões técnicas organizadas pela Fazenda e pelo BC. (Foto: Paulo Pinto/Agência Brasil)
O Ceará se tornará, entre julho e outubro deste ano, palco de encontros de Grupos de Trabalho (GTs) das principais economias do mundo. O estado receberá reuniões abordando temas vinculados aos setores da Educação, Economia e Trabalho. Tanto as sessões técnicas quanto as ministeriais serão realizadas no Centro de Eventos do Ceará, em Fortaleza.
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Desde dezembro de 2023, o Brasil assumiu a liderança do G20, incumbido de coordenar sessões técnicas e conferências ministeriais até a 19ª Cúpula do G20, programada para os dias 18 e 19 de novembro, no Rio de Janeiro. O evento contará com a presença de chefes de Estado e de Governo das principais economias, incluindo Estados Unidos, China, Rússia, Japão, Arábia Saudita, África do Sul, Canadá, União Europeia e União Africana, entre outros, representando conjuntamente 85% do PIB e 65% da população global.
“Brasil 2024, construindo um mundo justo e um planeta sustentável“, será o tema da Cúpula do G20 no Brasil. O fórum abordará questões como o combate à fome, pobreza e desigualdades, as três dimensões do desenvolvimento sustentável (econômica, social e ambiental) e a reforma da liderança global. No Ceará, estão programados quatro períodos de discussões, que terão início no mês de junho.
Carlos Alberto Junior, coordenador de comunicação G20 Brasil, em reunião nesta quarta-feira (20) com jornalistas da região Nordeste, destaca a Aliança Global Contra a Fome e a Pobreza, lançada pelo Brasil no último ano, como ferramenta para mapear recursos e dinheiro de fundos verdes, fundos soberanos de outros países, recursos de bancos multilaterais, está mapeando quais são os países que precisam, de quais programas essas nações precisam e quais os mecanismos legais pra que haja essa transferência de renda.
“A criação da aliança passa por um dos eixos da presidência brasileira: a reforma da governança global, que vai desde reforma do Conselho de Segurança da ONU até a nova arquitetura financeira mundial, que é exatamente mudar o controle desses bancos multilaterais de financiamento, como o Banco Mundial, FMI (Fundo Monetário Internacional), BID (Banco Interamericano de Desenvolvimento) e outras instituições que colocam em dinheiro, mas o que acontece é que muitas vezes esses países principalmente os mais pobres em especial os africanos eles não conseguem acessar os recursos.”
Carlos Alberto Junior, coordenador de comunicação G20 Brasil
Segundo Carlos Alberto, Só os quatro maiores fundos verdes do mundo têm US$ 11 bilhões parados porque os países não conseguem acessar esses recursos por uma série de razões, entre elas está a burocracia, certificações internacionais e falta de equipe preparada para elaboração de projetos.
O calendário do G20 no Ceará será inaugurado entre os dias 10 e 12 de junho, com reuniões técnicas organizadas pelo Ministério da Fazenda e pelo Banco Central do Brasil, sob o tema “Arquitetura Financeira Internacional“. Entre os dias 1 e 5 de julho, o estado sediará mais dois momentos conduzidos pela Fazenda, abordando “Parceria Global para Inclusão Financeira e Infraestrutura“.
Ainda em julho, entre os dias 23 e 26, os painéis serão coordenados pelo Ministério do Trabalho e Emprego, com o objetivo de discutir a ampliação e a criação de empregos nos países menos desenvolvidos.
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