O lançamento do BlackRock USD Institutional Digital Liquidity Fund (BUIDL), o pioneiro entre os fundos tokenizados da gestora de investimentos BlackRock, foi marcado por um influxo de aproximadamente US$ 240 milhões desde sua estreia na última semana. O produto financeiro tem como objetivo investir em dinheiro, títulos do Tesouro dos Estados Unidos (Treasuries) e acordos de recompra, oferecendo aos investidores a criptomoeda denominada BUIDL, com cada token avaliado em US$ 1.
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Os detentores desses ativos podem realizar transferências de suas moedas digitais para outros endereços validados através de carteiras digitais aprovadas pela Securitize, empresa parceira da BlackRock para este veículo de investimento.
O fundo tokenizado da BlackRock atende a três principais casos de uso, de acordo com Carlos Domingo, fundador e CEO da Securitize. Ele é direcionado a empresas do setor cripto que desejam gerir seus tesouros em blockchains, incluindo organizações autônomas descentralizadas (DAOs). Além disso, é voltado para projetos cripto que buscam criar derivativos de títulos do Tesouro e também serve como alternativa às stablecoins, podendo ser usado como garantia para empréstimos e negociações.
A startup de criptomoedas Ondo Finance investiu US$ 95 milhões no BUIDL, segundo Nathan Allman, fundador da Ondo, em declaração à Bloomberg. Enquanto isso, a Franklin Templeton lançou o primeiro fundo tokenizado registrado nos EUA em 2021, com cerca de US$ 324 milhões em ativos até o final de fevereiro, porém, o token que representa as cotas do fundo da Franklin Templeton não é transferível entre investidores.
A Securitize Markets é um sistema de negociação alternativo registrado na Comissão de Valores Mobiliários dos EUA (SEC) e possui licença de corretora sob a Autoridade Reguladora da Indústria Financeira (Finra), órgão responsável pela supervisão desse tipo de empresas.
A empresa afiliada da Securitize é um agente de transferência registrado na SEC, permitindo a transferência de tokens entre os clientes. No entanto, Domingo observa que a SEC ainda não emitiu orientações sobre o uso de blockchains públicas ou privadas para a tokenização.
Apesar das recentes investigações da SEC sobre o Ether, a criptomoeda nativa da Ethereum (ETH), o fundo da BlackRock utiliza a rede para processar suas transações. Domingo destaca que as investigações em curso devem ser separadas da própria blockchain e podem levar algum tempo para serem concluídas.
*Com informações do portal InfoMoney.
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