De acordo com levantamento realizado pela Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) em parceria com o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) da Esalq da Universidade de São Paulo (USP), o Produto Interno Bruto (PIB) do agronegócio brasileiro apresentou uma queda de 2,99% em 2023 em comparação com o ano anterior.
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O resultado gerou uma diminuição da participação do setor no PIB total do país, passando de 25,2% em 2022 para 23,8% no ano passado.
Segundo a CNA, esse desempenho foi influenciado negativamente pela redução dos preços em todos os segmentos, incluindo insumos para a agropecuária, produção agropecuária primária, agroindústria (processamento) e agrosserviços. O segmento de insumos foi o mais impactado, registrando uma queda de 23,57% no PIB, com reduções nos ramos agrícola (-27,92%) e pecuário (-9,32%).
Essa queda é atribuída à diminuição significativa do valor bruto da produção, especialmente devido à desvalorização dos preços dos fertilizantes, defensivos agrícolas e rações para animais.
No segmento primário, o PIB teve uma retração de 1% em 2023, impulsionada principalmente pela agricultura, que registrou um crescimento de 5,11% no ano. Esse aumento foi resultado do aumento da produção, com safras recordes, e da redução dos custos de produção devido à queda nos preços dos insumos.
Por outro lado, a pecuária teve uma redução de 10,61% no PIB em 2023, apesar do aumento na produção e da diminuição dos custos com alimentação dos animais. Atividades importantes, como a produção de leite, bovinos e frangos para corte, sofreram quedas consideráveis nos preços.
A desvalorização na produção foi observada em culturas como algodão, café, milho, soja e trigo, além de bovinos, aves e leite. Nas agroindústrias, os biocombustíveis e produtos como madeira, óleos vegetais e café foram os mais afetados pela baixa nos preços.
Já nas indústrias pecuárias, laticínios e frigoríficos foram particularmente impactados pela redução nos preços. No entanto, o estudo ressalta que esse cenário não se agravou devido ao aumento na produção agrícola e pecuária, especialmente de laticínios e no volume de abates.
*Com informações do portal Correio do Povo.
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