Dario Durigan, o secretário-executivo do Ministério da Fazenda, reiterou na última segunda-feira (8) o compromisso do governo em buscar a recomposição fiscal de forma incansável, mantendo a meta de déficit zero para este ano. Durigan fez essas declarações durante sua participação no evento Rumos 2024, promovido pelo jornal Valor Econômico.
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Ele assumiu temporariamente as responsabilidades do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, que cancelou sua participação no evento após ser chamado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva para uma reunião no domingo à noite, que acabou sendo cancelada.
Sobre a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) de 2025, que será encaminhada ao Congresso até 15 de abril, Durigan afirmou que não há novidades significativas em relação à condução da política econômica. Ele destacou que o projeto visa estabilizar a dívida a longo prazo e que não se deve esperar grandes mudanças.
Durigan salientou que a Fazenda está comprometida com duas agendas: a responsabilidade fiscal e o estímulo ao desenvolvimento com responsabilidade social. Ele argumentou que a harmonização dessas agendas trará benefícios para o país.
Na análise de Durigan, o esforço fiscal e um possível cenário de desaceleração da inflação contribuirão para a continuidade da redução da taxa de juros. Ele afirmou que, respeitando a autonomia do Banco Central (BC), a trajetória de queda dos juros pode se manter.
Atualmente, a taxa Selic está em 10,75% ao ano. As projeções do relatório Focus indicam que a taxa poderá chegar a 9% até o final do ano e a 8,5% em 2025.
O secretário também ressaltou a necessidade de o governo concluir este ano a lei complementar que substituirá as 27 regulamentações estaduais de ICMS e ISS, como parte da continuidade da Reforma Tributária. Segundo ele, essa lei padronizará a tributação do consumo no Brasil, proporcionando uma oportunidade única de corrigir um dos piores sistemas tributários do mundo.
*Com informações do portal InfoMoney.
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