As declarações de Campos Neto em um evento organizado pela XP deram o tom para a alta nos juros futuros de curto e médio prazos. (Foto: Envato Elements)
Após declarações de Roberto Campos Neto, presidente do Banco Central (BC), em Washington, nos Estados Unidos, que dissiparam as expectativas de um corte de 0,50 ponto percentual na taxa de juros Selic na próxima reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) em maio, os juros futuros encerraram em alta na última quarta-feira (17), com os vencimentos de curto e médio prazos revertendo a tendência de baixa no meio do dia.
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Enquanto isso, os vencimentos mais longos recuaram, seguindo a tendência de alívio no mercado cambial e na curva dos Treasuries (títulos de dívida de longo prazo emitidos pelo governo dos EUA). Campos Neto reconheceu que, em um cenário de incertezas persistentes, o ritmo de redução da taxa Selic pode ser ajustado. Ele também enfatizou o compromisso do BC em tomar as medidas necessárias para controlar a inflação.
No fechamento do mercado, a taxa do contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) para janeiro de 2025 subiu para 10,445%, ante 10,280% no dia anterior, enquanto a do DI para janeiro de 2026 aumentou de 10,65% para 10,75%. Por outro lado, a taxa do DI para janeiro de 2027 caiu para 11,01%, comparada a 11,06% no ajuste anterior, e a do DI para janeiro de 2029 recuou para 11,44%, ante 11,60%.
Durante a manhã, houve uma tentativa de correção das altas observadas ao longo do mês, apoiada pela queda do dólar e pelo alívio na curva dos Treasuries. No entanto, essa correção foi limitada diante do volume expressivo de prêmios acumulados, indicando uma possível reversão antes do fim da sessão, especialmente diante da expectativa em relação à participação de Campos Neto em eventos em Washington.
No início da tarde, as declarações de Campos Neto em um evento organizado pela XP deram o tom para a alta nos juros futuros de curto e médio prazos. Ele destacou a possibilidade de um cenário de alta incerteza persistente, onde o ritmo de redução da Selic pode ser modificado. Além disso, mencionou a necessidade de considerar ajustes no cenário básico do BC caso a incerteza comece a afetar variáveis-chave.
*Com informações do portal E-Investidor.
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