O otimismo está no ar na São Paulo Expo Exhibition & Convention que sedia a M&T Expo, na cidade de São Paulo, aberta nesta terça (23) e que se estende até sexta (26). O mercado brasileiro de máquinas e equipamentos para construção e mineração espera chegar a uma produção de 55 mil unidades neste ano, o que representa um crescimento de 7% em relação a 2023.
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“Vivenciamos um momento ímpar de melhoria contínua no sistema de infraestrutura no país e contamos com soluções tecnológicas avançadas e sustentáveis”, afirmou Eurimilson Daniel, vice-presidente da Associação Brasileira de Tecnologia para Construção e Mineração (Sobratema), parceira da M&T, juntamente com a Messe München.
O otimismo fica evidenciado entre os 500 expositores de 15 países, que ocupam os 82 mil m² e que receberão, até o último dia do evento, 35 mil visitantes. No espaço também acontece a IFAT Brasil – Feira Internacional para Água, Esgoto, Drenagem e Soluções em Recuperação de Resíduos, cenário igualmente de boas perspectivas.
“Quando se tem metade da população sem coleta e sem tratamento de esgoto, o que é uma aberração, sabidamente temos enormes oportunidades de negócios e um grande desafio”, diz Rolf Rickert, da Messe München Brasil, animado diante da disponibilidade de R$ 580 bilhões em recursos para investimentos até 2033, o que cobrirá a necessidade de 90% da população desassistida.
Para os executivos, com juros e inflação menores, a projeção otimista poderia ser ainda maior se o governo federal deslanchasse as grandes obras, em especial ferrovias e rodovias previstas no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). Atualmente, as maiores demandas por equipamentos são originadas dos Estados e Prefeituras, por conta das concessões, privatizações e PPP’s.
Dentre os setores com maiores projetos estão os do agribusiness e da mineração, que exigem elevada mecanização e onde a chamada linha amarela ganha relevância. Dos 55 mil equipamentos projetados, 33 mil pertencem a categoria formada por tratores, retroescavadeiras e pás carregadeiras, que respondem por mais de 70% do total. “O aumento da busca por locação de equipamentos tem sido uma grata surpresa”, conta o presidente da Sobratema, Afonso Mamede, tendo crescido 23% nas transações de 2023. O agronegócio, inclusive, foi um dos que migrou para a locação já com musculatura suficiente para oferecer equipamentos para todos os portes de propriedades.
No olhar de Newton José Soares Cavalieri, do Conselho da Construção da Federação das Indústrias de São Paulo (Fiesp), o momento é favorável para investir no setor e ampliar a infraestrutura, eliminando os gargalos. Entre as razões apontadas estão o novo marco regulatório do saneamento e a nova lei de licitações.
O secretário de Infraestrutura do Município de São Paulo, Marcos Monteiro, anunciou que estão em andamento 1.800 obras somando R$ 16 bilhões em investimentos. De parte do governo, Caio Trivellato Seabra Filho, da Agência Nacional de Mineração do Ministério de Minas e Energia, se comprometeu a ser mais eficiente e menos burocrático para que o mercado acesse os recursos minerais.
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