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BTG: veículos chineses estão transformando a indústria automotiva do Brasil

veículos elétricos

De acordo com pesquisa realizada pela BTG Pactual, a entrada maciça dos automóveis chineses no mercado brasileiro está gerando uma transformação na indústria automotiva, resultando em uma queda de preços não apenas para concorrentes elétricos, mas também para veículos a combustão.


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Essa conclusão foi alcançada pelo BTG Pactual, após realizar um estudo para analisar o impacto da chegada de montadoras como BYD e GMW no Brasil, seja por meio de importação ou, mais recentemente, produção local.

O movimento está sendo encarado como uma boa notícia para empresas como a WEG, que poderá ganhar impulso em seu projeto de carregadores para veículos. No entanto, para locadoras de veículos como a Localiza e a Movida, a perspectiva não é tão positiva, já que podem enfrentar um cenário de depreciação elevada de seus veículos seminovos, um problema que tem sido agravado desde a crise no mercado automotivo pós-pandemia.

Atualmente, as marcas chinesas já representam 5,7% das vendas de veículos novos no Brasil (BYD + GWM) e, a partir deste ano, terão uma participação ainda mais relevante, consolidando-se como uma força na indústria automobilística do país.

Diante da pressão da concorrência local, o governo sinalizou a recomposição das tarifas de importação, que retornarão ao patamar integral de 35% até 2026 para híbridos e elétricos. Tanto a BYD quanto a GMW optaram por iniciar a produção no Brasil, o que deve aumentar ainda mais sua presença no mercado nacional. Isso tem levado montadoras como Toyota e Stellantis a ampliarem seus investimentos no país, visando a eletrificação.

Queda nos preços dos veículos

No relatório de 94 páginas, o BTG detalhou várias implicações da nova ofensiva das montadoras chinesas no mundo, destacando lições a serem aprendidas com o aumento de sua participação em outros mercados, como a Europa e a China.

A introdução do Dolphin da BYD, seu hatch elétrico com preço de R$149 mil, atraiu muita atenção, resultando em 3 mil pedidos em apenas 3 meses após o lançamento. Em resposta, concorrentes diretos reduziram seus preços. O Renault Kwid E-Tech, por exemplo, que estava precificado em R$ 150 mil, caiu para R$ 123,5 mil. Outros modelos, como o JCA JSI e o Caoa/Chery iCar, também tiveram redução de preços.

A competição se intensificou com a chegada, prevista para esta semana, do GWM Ora3, com preços entre R$ 150 mil e R$ 184 mil. A pressão de preços não se limitou aos modelos elétricos e híbridos, afetando também os SUVs a combustão na mesma faixa de preço. Isso destaca a crescente influência das montadoras chinesas na dinâmica de preços no setor automotivo brasileiro.

*Com informações do portal exame.

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