O presidente Luiz Inácio Lula da Silva tomou a decisão de demitir Jean Paul Prates do cargo de presidente da Petrobras na última terça-feira (14). Magda Chambriard foi designada como sua substituta temporária, e já ocupou o cargo de diretora-geral da Agência Nacional de Petróleo durante o governo Dilma Rousseff, assumirá interinamente a liderança da estatal.
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A Petrobras emitiu um comunicado aos investidores informando que recebeu a solicitação para uma reunião do Conselho de Administração para discutir o encerramento antecipado do mandato de Prates de forma negociada. Prates também manifestou sua intenção de renunciar ao cargo de membro do Conselho de Administração após a aprovação do encerramento indicado.
Jean Paul Prates, ex-senador pelo PT do Rio Grande do Norte, assumiu a presidência da Petrobras no início do terceiro mandato de Lula, em janeiro de 2023. Sua demissão ocorre após uma série de conflitos com ministros do governo, principalmente com o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, e com Rui Costa, da Casa Civil.
A principal divergência entre Prates e os ministros foi sobre a destinação dos dividendos aos acionistas em março deste ano. Prates defendia a distribuição de 50% dos recursos extraordinários, enquanto Silveira e o conselho discordavam dessa proporção.
A demissão de Prates já era esperada na época, com Rui Costa mencionando a necessidade de renovação do conselho de administração da Petrobras para “oxigenar” a estrutura da empresa. No entanto, Fernando Haddad, ministro da Fazenda, interveio e Prates permaneceu no cargo por mais tempo.
No mês seguinte, o Conselho de Administração da Petrobras decidiu distribuir 50% dos dividendos extraordinários aos acionistas, revertendo a decisão inicial.
*Com informações do portal Carta Capital.