As ações ordinárias (PETR3) e preferenciais (PETR4) da Petrobras fecharam em queda na última quarta-feira (15), com perdas de 6,78% e 6,04%, respectivamente, resultando em uma desvalorização de R$ 34 bilhões no valor de mercado da empresa. A queda acentuada levou as ações a entrarem em leilão na B3, devido à forte oscilação nas cotações.
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A demissão do presidente Jean Paul Prates, ocorrida na véspera, contribuiu para a instabilidade no mercado. Prates, que foi substituído por Magda Chambriard, ex-diretora da Agência Nacional do Petróleo (ANP), enfrentava atritos com o governo em questões que vão desde dividendos até retomada de grandes obras da empresa.
Embora Magda Chambriard seja reconhecida por sua experiência no setor, a mudança na gestão da estatal levanta preocupações sobre possíveis interferências políticas. O Citigroup apontou que a demissão de Prates sinaliza uma deterioração na governança da Petrobras, enquanto o Goldman Sachs destacou que a estrutura atual da empresa limita mudanças significativas por parte da nova diretoria.
A XP Investimentos ressaltou a incerteza trazida pela substituição abrupta na gestão, especialmente em relação a temas como distribuição de dividendos, política de preços e planos de investimento. Por outro lado, o BTG Pactual reiterou sua recomendação de compra para as ações da Petrobras, afirmando que a troca na presidência não deve impactar significativamente o pagamento de dividendos.
A postura de Magda Chambriard em relação à remuneração aos acionistas é uma das preocupações do mercado, uma vez que Prates era visto como um defensor dessa prática. A expectativa agora é sobre como a nova presidente conduzirá essas questões para tranquilizar os investidores.
*Com informações do portal Época Negócios.
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