O Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC) anunciou na última sexta-feira (17) o Grupo de Trabalho (GT) do Plano Setorial de Mitigação de Gases de Efeito Estufa (GEE) para a indústria, visando construir uma estratégia de descarbonização aplicável ao setor privado.
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Coordenado pela Secretaria de Economia Verde, Descarbonização e Bioindústria (SEV), o GT debaterá e ajudará a estabelecer as metas de descarbonização da indústria, alinhadas aos compromissos do Brasil no Acordo de Paris. A instalação da iniciativa ocorreu durante a reunião do Comitê Técnico da Indústria de Baixo Carbono (CTIBC).
Participam do GT a Confederação Nacional da Indústria (CNI) e as Federações das Indústrias dos Estados de São Paulo (Fiesp) e Minas Gerais (Fiemg), além de representantes dos seis setores industriais que mais emitem: cimento, papel e celulose, alumínio, aço, química e vidro.
Segundo o MDIC, a indústria é responsável por 6% das emissões totais de GEEs do Brasil, com 85% dessas emissões provenientes dos setores que integram o GT. Os resultados do trabalho serão apresentados ao Ministério de Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA) até novembro, e o documento que orientará a transição para uma economia de baixo carbono deverá ser publicado em 2025 pelo MMA.
A reunião do CTIBC também criou um GT sobre energia eólica, focado no desenvolvimento industrial. De acordo com a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), a energia eólica é a segunda maior fonte de energia renovável no Brasil, contribuindo com 14,8% da matriz energética nacional.
A Associação Brasileira de Energia Eólica e Novas Tecnologias (Abeeólica) calcula que o setor possui 31,1 GW de capacidade instalada em operação e teste, com 11.183 aerogeradores em 12 estados, somando mais de US$ 48 milhões em investimentos entre 2012 e 2023.
*Com informações do portal epbr.
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