minérios estratégicos

Segundo o Ibram, o recolhimento de tributos e encargos sobre minérios cresceu cerca de 24% (R$ 23,3 bilhões). (Foto: Envato Elements)

Brasil tem 20% das reservas de minérios estratégicos do mundo

Por: Pádua Martins | Em:
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O Brasil tem 1/5 das reservas globais de vários minérios, essenciais e estratégicos na transição energética no país e em todo o mundo, como, por exemplo, bauxita, terras raras, lítio, cobalto e fosfato, segundo estimativa da International Energy Agency (IEA), que atesta: o avanço da transição energética tem sido mais rápido do que as expectativas. Nos três primeiros meses de 2024, o setor mineral cresceu 25% no Brasil e faturou R$ 68 bilhões.


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No ano passado, de acordo com a IEA, a energia solar cresceu 24%; a eólica 45%; e a eletrificação veicular 30%. “Os sistemas de energia limpa estão impulsionando o crescimento da demanda por minerais utilizados nessa transição, chamados ‘minerais críticos’, como lítio (crescimento de 56% em 2023); cobalto (crescimento de 40%), níquel, zinco e chumbo”.

“E essa tendência de alta na demanda irá continuar” – garante Tomás de Oliveira Bredariol, analista de Política Energética e Ambiental da IEA, que no mês passado participou, em Brasília, do primeiro painel do Seminário Internacional de Minerais Críticos e Estratégicos, evento promovido pelo Instituto Brasileiro de Mineração (Ibram).

A IEA projeta que, apesar do aço e do alumínio serem excluídos, as estimativas quanto à demanda de insumos minerais para a transição energética, no cenário mais favorável de descarbonização, seriam de quatro a seis vezes os níveis de 2020, respectivamente, em 2040 e 2050. Mesmo considerando uma descarbonização mais lenta, estima-se uma demanda em 2040 duas vezes maior do que em 2020.

Uma das preocupações do Governo, manifestada pelo Ministério de Minas e Energia (MME) durante o evento, diz respeito a proliferação de taxas de fiscalização sobre a atividade mineral criadas por estados e municípios. O setor tem contestado os encargos, inclusive, no Supremo Tribunal Federal (STF), e o MME avalia como integrar esses debates, inclusive judiciais, para que “essas taxas não sejam mais um fator de insegurança jurídica sobre o retorno do investimento no setor”.

O Ibram entende que a capacidade de elevar a oferta de minerais críticos e estratégicos pode garantir ao Brasil “uma condição de segurança mineral, além de proporcionar as bases para o País conquistar avanços na segurança alimentar e nutricional (minérios usados nos fertilizantes), na segurança energética (minérios nos equipamentos de produção de energia) e na segurança climática (minérios na transição para energia limpa)”. Essa última é o caminho para superar os efeitos das mudanças no clima.

Para o Instituto, é importante expandir a produção de minerais críticos para a transição energética, bem como a dos minerais estratégicos para o Brasil, que tem “a oportunidade de contribuir para a transição energética mundial, potencializar o desenvolvimento de cadeias produtivas no Brasil, além de reduzir a dependência externa de insumos minerais, inclusive para o agronegócio”.

Faturamento do setor mineral cresce 25% e atinge R$ 68 bi

No primeiro trimestre de 2024, o setor mineral registrou faturamento de R$ 68 bilhões, o que representou crescimento de 25% sobre o mesmo período de 2023, segundo levantamento do Ibram. O minério de ferro foi responsável por 64,2% do total (R$ 43,9 bilhões). As exportações somaram US$ 10,8 bilhões e 87,5 milhões de toneladas, correspondendo, respectivamente, as altas de 18,3% e 11,3% na mesma comparação. Já as vendas externas de minério de ferro atingiram US$ 8,1 bilhões até março, elevação de 11,9% em relação ao mesmo trimestre de 2023.

Já em volume, as vendas externas somaram 84,1 milhões de toneladas. Dessas, o minério respondeu por 74,4%, seguido pelo ouro, com 7,4% e o cobre, 6,9%. As importações somaram US$ 2 bilhões no trimestre, uma queda de 31% em valor, e movimentaram 9,34 milhões de toneladas, um ligeiro recuo de 0,1% no primeiro trimestre de 2024. 

Segundo o Ibram, o recolhimento de tributos e encargos sobre minérios cresceu cerca de 24% (R$ 23,3 bilhões). E em termos de empregos a indústria da mineração fechou março com mais de 214 mil empregos diretos, com a criação de quase quatro mil novas vagas de novembro de 2023 a março deste ano. Para Raul Jungmann, diretor-presidente do Ibram, apesar dos muitos obstáculos à competitividade, à previsibilidade, à segurança jurídica, a indústria da mineração responde com resultados cada vez mais surpreendentes.

“São dados que se transformam em benefícios socioeconômicos para os brasileiros. Um exemplo de reflexo positivo da mineração para o Brasil é o saldo da balança comercial de minérios (diferença entre exportações e importações) no primeiro trimestre de 2024, que foi de US$ 8,9 bilhões, 41% a mais do que em igual período de 2023 (US$ 6,32 bilhões). Isso significa que o saldo mineral equivale a 47% do saldo comercial brasileiro no primeiro trimestre de 2024. Foi o setor que mais contribuiu para o saldo da balança comercial brasileira ter se situado em US$ 19,08 bilhões no primeiro trimestre do ano”.

Raul Jungmann, diretor-presidente do Ibram

Minérios têm papel crucial no processo de transição energética

O diretor comercial da Fertsan, Luiz Engênio Pontes, afirma que a relação entre a exploração mineral e a transição para fontes renováveis é bastante significativa, uma vez que os minerais desempenham um papel crucial no processo de transição energética, pois são fundamentais para a fabricação de tecnologias limpas. “Um veículo elétrico requer seis vezes mais recursos minerais do que um veículo a combustão, e uma usina eólica onshore necessita de nove vezes mais insumos minerais do que uma usina a gás” – exemplifica.

Diferentes minerais, como o cobre e os Elementos Terras Raras (ETR), são essenciais para viabilizar essa transição. O cobre é usado em grande quantidade em turbinas eólicas e carros elétricos, enquanto os ETRs são vitais para a produção de ímãs permanentes, que são importantes tanto para as turbinas eólicas quanto para os motores de veículos elétricos.

Ele ressalta que a América do Sul, e em particular o Brasil, possui um potencial econômico significativo na exploração desses minerais devido às suas grandes reservas. O Chile, por exemplo, é o maior produtor mundial de cobre, e o Brasil detém a segunda maior reserva global de ETRs.

“A exploração desses recursos, no entanto, também traz desafios relacionados à sustentabilidade e à necessidade de infraestrutura adequada, além de revisões nas legislações ambientais e tributárias para incentivar investimentos. Em resumo, a demanda por minerais está diretamente relacionada com a busca pelo net zero, pois sem eles, a transição energética para fontes mais limpas e renováveis não seria possível”.

Luiz Eugênio Pontes, diretor comercial da Fertsan

Os desafios da transição para fontes renováveis apontados por Luiz Pontes são multifacetados e incluem aspectos ambientais, sociais e econômicos:

Desafios Ambientais

• Impacto na biodiversidade: A instalação de grandes projetos de energia renovável, como parques eólicos e solares, pode ter impactos significativos em ecossistemas locais.

• Uso do solo: A necessidade de grandes áreas para instalação dessas tecnologias pode competir com outras utilizações do solo, como agricultura e conservação.

Desafios Sociais

• Deslocamento de comunidades: Projetos de energia renovável podem levar ao deslocamento de comunidades locais, incluindo grupos indígenas.

• Acesso à energia: Garantir que a transição não aumente a desigualdade no acesso à energia é um desafio, especialmente em áreas remotas.

Desafios Econômicos

• Custo das tecnologias: As tecnologias renováveis ainda podem ter custos mais altos em comparação com as fontes fósseis, o que dificulta a adoção em larga escala.

• Investimento em infraestrutura: É necessário um investimento substancial em infraestrutura para integrar fontes renováveis à rede elétrica existente. Além disso, há o desafio de conciliar a geração de emprego e renda com a preservação ambiental e a melhoria da qualidade de vida, o que exige políticas públicas eficazes e inovação tecnológica. A transição energética não é apenas uma mudança de fontes de energia, mas também uma oportunidade para promover o desenvolvimento sustentável e a inclusão social.

Luiz Eugênio Pontes, diretor comercial da Fertsan. (Foto: Arquivo pessoal)

Para Luiz Pontes, as oportunidades para um desenvolvimento sustentável são diversas e podem ser exploradas em vários setores. Ele elenca as sete principais:

Energias Renováveis: Investir em fontes de energia limpa, como solar, eólica, hidrelétrica e biomassa, pode reduzir a dependência de combustíveis fósseis e diminuir as emissões de gases de efeito estufa.

Na Agricultura Sustentável: Práticas agrícolas que respeitam o meio ambiente, como a agricultura orgânica e a permacultura, podem preservar a biodiversidade e garantir a segurança alimentar a longo prazo.

Na Economia Circular: Promover a reutilização e reciclagem de materiais, reduzindo o desperdício e incentivando a produção e consumo sustentáveis.

No Turismo Sustentável: Desenvolver o turismo de forma responsável, preservando os recursos naturais e beneficiando as comunidades locais.

Na Tecnologia Verde: Inovações tecnológicas que minimizam o impacto ambiental e melhoram a eficiência energética são essenciais para um futuro sustentável.

Ele cita também a Educação para Sustentabilidade: Conscientizar e educar as pessoas sobre a importância da sustentabilidade pode levar a mudanças significativas nos comportamentos individuais e coletivos.

Na Infraestrutura Sustentável: Construir cidades e comunidades que suportem modos de vida sustentáveis, com transporte público eficiente e espaços verdes.

Todas essas oportunidades – explica – estão alinhadas com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável das Nações Unidas, que são um apelo global à ação para acabar com a pobreza, proteger o meio ambiente e garantir prosperidade para todos. O Brasil, com sua rica biodiversidade e recursos naturais, está em uma posição única para liderar e se beneficiar dessas oportunidades de desenvolvimento sustentável.

A respeito da alta demanda pelos chamados minerais essenciais, Luiz Pontes adianta que é cada vez mais crescente, justamente por serem essenciais para as tecnologias de energia (como lítio, cobalto e grafite). Esses minerais são cruciais para o desenvolvimento de tecnologias de energia renovável, como células solares, energia eólica, armazenamento de baterias e veículos elétricos.

“A ONU destacou a importância desses minerais para as energias renováveis e convocou um painel global para garantir a sustentabilidade na exploração desses recursos. O secretário-geral da ONU, António Guterres, enfatizou que um mundo impulsionado por energias renováveis depende essencialmente desses minerais e ressaltou a necessidade de gerenciar esses recursos de forma responsável.”

Luiz Engênio Pontes, diretor comercial da Fertsan

Além disso – frisa – a Conferência das Nações Unidas sobre Comércio e Desenvolvimento (Unctad) aponta que a demanda por cobre em sistemas de energia limpa deve crescer significativamente, passando de 23% para mais de 42% até 2050. “Isso indica que o ritmo atual da produção de cobre não atende à demanda crescente, o que pode criar uma lacuna crítica para alcançar as metas climáticas do Acordo de Paris”.

No Brasil, há uma preocupação em ouvir as comunidades locais e agregar valor aos produtos antes de exportá-los, levando em consideração a necessidade de respeitar os direitos humanos, as regras trabalhistas e proteger o meio ambiente. Isso mostra a importância de uma abordagem equilibrada e sustentável na exploração desses minerais essenciais.

Para concluir, ele diz que os percentuais de uso de energias renováveis no Ceará, no Brasil e no mundo são bastante significativos e refletem o crescente movimento global em direção a fontes de energia mais limpas e sustentáveis. No Ceará, mais da metade da energia produzida é de fontes renováveis. As fontes eólica e solar, juntas, representam 58% da matriz energética do estado.

Em relação ao Brasil, o país alcançou um recorde com 93% da energia gerada em 2023 vindo de fontes renováveis, segundo dados da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE). Isso inclui a geração por usinas hidrelétricas, eólicas, solares e de biomassa.

No âmbito global, o uso de energias renováveis também tem crescido. Embora o relatório da Situação Global das Renováveis de 2022 indique que houve um crescimento recorde na implantação de energias renováveis em 2021, a porcentagem total de energias renováveis na matriz energética mundial ainda é relativamente baixa, somando aproximadamente 14%. “Esses dados mostram um esforço contínuo e uma tendência positiva na adoção de energias renováveis, tanto local quanto globalmente, contribuindo para a sustentabilidade e a segurança energética” – finaliza.

Setor mineral tem um grande desafio

Jurandir Picanço, consultor de Energia da Federação das Indústrias do Estado do Ceará (Fiec), afirma que existe um grande desafio do setor mineral diante da descarbonização da economia e da transição energética. Por um lado, o setor mineral e sua indústria associada, com destaque a siderurgia, são grades emissores de Gases de Efeito Estufa (GEE).

Jurandir Picanço, consultor de Energia da Fiec. (Foto: Thiago Gadelha)

O setor terá que passar por um processo disruptivo tecnológico para alcançar seus objetivos de descarbonização. A substituição do carvão por hidrogênio de baixo carbono na produção do aço. Por outro lado, as tecnologias limpas demandam minerais críticos na produção de baterias, eletrolisadores e células a combustível, como lítio, níquel, cobalto e grafite, que são minerais que terão uma demanda em crescimento acelerado. Daí o grande desafio.

O desenvolvimento de novas tecnologias é fundamental. No mundo, bilhões de dólares estão sendo direcionados para pesquisas de novas ou mais eficientes tecnologias em todos os setores da economia, que hoje são dependentes do combustível fóssil. Por outro lado, a economia circular terá um papel relevante para reduzir a demanda, principalmente de minerais críticos. Não há dúvidas, que a economia dominada por petrodólares, será gradativamente alterada para a nova economia limpa.

“É importante que esse processo, que visa a resolver um problema ambiental global, não concorra para promover impactos ambientais locais, tais como, na produção de energia e na exploração mineral. Com a política ESG em disseminação, qualquer projeto deverá contribuir com o desenvolvimento social das populações afetadas ou próximas dos grandes projetos.”

Jurandir Picanço, consultor de Energia da Fiec

Na questão dos desafios para a transição energética, Picanço reafirma que é atender a demanda crescente de materiais críticos demandados para na expansão das energias renováveis. O Brasil, desde o ano passado, participa na produção de lítio e as perspectivas de crescimento dessa produção são promissoras. A expectativa é de que a transição energética se consolide no horizonte de 2050. “Sendo a produção de energia o principal emissor de GEE, a redução do aquecimento global é totalmente dependente do sucesso desse processo. Temos que acreditar”, finaliza Picanço.

Sindienergia: haverá crescimento na exploração de minerais estratégicos

A diretora de Meio Ambiente do Sindicato das Indústrias de Energia e de Serviços do Setor Elétrico do Estado do Ceará (Sindienergia/CE), Laiz Hérida, assim como os demais entrevistados, reconhece que as fontes de energias renováveis têm registrado o maior crescimento nos últimos anos – eólica e solar, justamente em decorrência da demanda. As baterias instaladas em veículos automotores e outros equipamentos dependem da disponibilidade dos chamados minerais do futuro, tais como nióbio, lítio, terras raras, cobalto e quartzo.

Laiz Hérida, diretora de Meio Ambiente do Sindienergia/CE. (Foto: Arquivo pessoal)

Como exemplo, Laiz Hérida frisa que um parque eólico offshore utiliza 13 vezes mais minerais que uma usina de gás natural do mesmo porte. E para que haja matéria-prima para fabricação dos equipamentos, inevitavelmente haverá um crescimento na exploração destes minerais estratégicos.

“Em contrapartida, essa energia gerada por fontes renováveis pode voltar para a mineração, como exemplo temos a Equinox Gold, que fechou acordo para uso de energia eólica em operações de ouro na Bahia. O contrato firmado com a Enel Brasil prevê o uso da energia renovável para 100% das necessidades das minas Fazenda Brasileiro e Santa Luz.” – observa.

Sobre os desafios ambientais, sociais e econômicos, ela opina que a mineração, independente do porte, consiste em uma atividade de alto impacto e gera receio devido à falta de interação social com o assunto, quando uma notícia sobre o tema ganha destaque, costuma ser negativa. Então, um dos maiores desafios consiste em trazer ao público essa estreita relação entre a exploração mineral e a capacidade de atender o mercado de insumos para as energias renováveis.

Somado a isto, soluções estratégicas com uma abordagem sustentável que possa ser empregada ao setor minerário podem promover a mitigação dos impactos ambientais, tornando toda a cadeia produtiva da transição energética mais “verde”. O que agrega valor e responsabilidade aos envolvidos. Mão de obra capacitada é outro desafio e cadeia a ser desenvolvida, mas que, sem dúvida, gerará muito mais oportunidades.

Indagada como conciliar a exploração mineral com desenvolvimento sustentável, Laiz reconhece que o tema é bastante abordado, sobretudo nos últimos anos, gerando oportunidades: para os profissionais que estiverem empenhados na temática, agregando práticas ESG, padrões ISO e conhecimento das ODS, e para que as comunidades próximas aos projetos tenham mais voz e participação, agregando benefícios ambientais, sociais e econômicos.

“A demanda por esses metais estratégicos vem aumentando. Segundo o relatório da BNEF, o investimento na cadeia global de fornecimento no mercado de energia limpa atingiu um novo recorde em 2023, com US$135 bilhões, assim como deve aumentar nos próximos dois anos. Esses minerais são a base para a transição energética, de forma que a mineração deve ser tratada como um pilar para o desenvolvimento, destacando que ela deve ser executada de forma responsável, para minimizar os impactos ambientais, focando em tornar a cadeia produtiva o mais sustentável possível, pois a busca não zelosa por esses minerais pode exaurir as reservas existentes, causar desequilíbrio social, econômico e político.”

Laiz Hérida, diretora de Meio Ambiente do Sindienergia/CE

O Brasil e o Ceará no mapa das energias renováveis

O setor de energia no Brasil e no Ceará tem crescido e os números constatam tal realidade. Em 2022, o Brasil foi o segundo país no mundo que mais gerou empregos na área de energias renováveis, nicho que vem ditando o crescimento do setor elétrico no país. A fonte eólica tem batido recordes de instalação ao longo dos anos e já trouxe mais de R$ 300 bilhões em investimentos para o País. A implantação de parques eólicos no Brasil deverá gerar mais de um milhão de empregos até 2038, com 85% das vagas em operação e manutenção concentradas no Nordeste.

No Ceará, segundo mapeamento do Meu Financiamento Solar, desde o início da expansão da fonte solar no país, já foram investidos na geração própria de energia solar R$ 4,18 bilhões, com a criação de 25 mil empregos na modalidade. É o segundo estado no ranking do país nessa área, ficando atrás apenas da Bahia. Isso para exemplificar o poder de apenas alguns segmentos do gigante mundo das energias renováveis, que deve crescer ainda mais com a consolidação do hidrogênio verde nos próximos anos. O contexto por trás desse avanço é repleto de particularidades e constitui o processo mundial da transição energética.

Proenergia Summit vai ser realizado em setembro no Ceará

O mundo da energia acontece aqui! – esse macrotema, junto com os seus diversos atores e iniciativas, irá nortear o Proenergia Summit 2024, que ocorrerá nos dias 11 e 12 de setembro, no Centro de Eventos do Ceará, em Fortaleza, reunindo os maiores players do setor de energia e abrangendo eixos como geração de energia renovável, transmissão de energia, armazenamento de energia, mudanças climáticas, regulação e políticas públicas, comercialização de energia e mercado e investimentos.

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