A ata da última reunião do Federal Reserve (Fed), divulgada na última quarta-feira (22), indica que dirigentes do banco central dos Estados Unidos estão dispostos a aumentar ainda mais a taxa básica de juros, atualmente entre 5,25% e 5,50%, a maior em 23 anos, caso haja risco de uma nova alta da inflação.
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Com essa sinalização, o mercado passou a considerar mais provável um único corte de juros ainda este ano. Segundo o CME Group, a probabilidade de não haver redução em 2024 subiu de 10,3% para 12,1%. A plataforma de monitoramento mostra que 36,6% dos especialistas esperam uma redução de 0,25 ponto porcentual na taxa básica em 2024, enquanto 36,4% apostam em um corte de 0,50 ponto porcentual.
Antes da divulgação da ata, havia maior expectativa por um relaxamento monetário agressivo. O primeiro movimento de afrouxamento monetário é previsto para setembro, mas a confiança no cenário diminuiu.
No Brasil, a reação à ata do Fed foi negativa. O Ibovespa, principal índice da Bolsa, recuou 1,38%, fechando aos 125.650 pontos. O dólar subiu 0,77%, cotado a R$ 5,15.
Os dirigentes do Fed concordaram que não seria adequado reduzir as taxas básicas até que a inflação esteja se movendo de forma sustentável em direção à meta de 2% ao ano. Eles também expressaram incerteza sobre a eficácia das políticas tarifárias atuais, mencionando que as altas taxas de juros podem estar tendo efeitos menores sobre a inflação do que no passado.
As preocupações discutidas na reunião sugerem que o Fed pode considerar aumentar a taxa de referência nos próximos meses. Alguns dirigentes indicaram a disposição de elevá-las caso a inflação acelere.
Após a reunião de abril, Jerome Powell, presidente do Fed, afirmou que era “improvável” um novo aumento da taxa de juros, o que inicialmente impulsionou o mercado financeiro. No entanto, a ata reconheceu que a queda da inflação estagnou nos primeiros três meses do ano.
Após atingir um pico de 7,1% em 2022, a inflação, medida pelo indicador de preços preferido pelo Fed, diminuiu de forma constante durante a maior parte de 2023.
*Com informações do portal Investing.
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