Durante a presidência brasileira do G20, a proposta de tributação global de 2% da renda dos super-ricos está ganhando apoio de várias nações, de acordo com Fernando Haddad, ministro da Fazenda, em declarações na última quinta-feira (23). O titular da pasta econômica destacou que essa iniciativa, se implementada, teria um impacto sem precedentes para a humanidade.
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Durante o encerramento do Simpósio de Tributação Internacional do G20 em Brasília, o ministro comentou sobre a rápida aceitação da proposta, observando que países do G7 e da Europa expressaram apoio, apesar de reconhecerem sua potencial natureza disruptiva.
A proposta, destacada por Haddad como “Pilar 3” da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), tem sido discutida em várias etapas desde sua apresentação em fevereiro durante uma reunião do G20 em São Paulo. Haddad destaca o otimismo em relação a um possível acordo até novembro, após a recente manifestação de apoio de países como França, Espanha, Colômbia, União Africana e Bélgica. No entanto, os Estados Unidos rejeitaram a proposta.
A ideia de tributar os super-ricos, conforme explicado pelo economista francês Gabriel Zucman, afetaria apenas cerca de 3 mil indivíduos globalmente, com um potencial de arrecadação de aproximadamente US$ 250 bilhões anualmente.
Um estudo da Universidade de São Paulo destacou que a tributação de 2% sobre a renda dos 0,2% mais ricos do Brasil poderia gerar uma receita anual de R$ 41,9 bilhões. A proposta brasileira continuará sendo discutida em fóruns internacionais, buscando ampliar o apoio e aprimorar seus detalhes com a participação de diversos representantes políticos e acadêmicos em todo o mundo.
*Com informações do portal Agência Brasil.
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