Alexandre Silveira, ministro de Minas e Energia, afirmou na última segunda-feira (27) que a política do Combustível do Futuro, em discussão no Senado, tem como objetivo incentivar novas indústrias. Além disso, destacou que a Petrobras, devido à sua forte capacidade financeira, não necessita de um mandato específico para seu diesel coprocessado com óleos vegetais.
Quer receber os conteúdos da TrendsCE no seu smartphone?
Acesse o nosso Whatsapp e dê um oi para a gente
Silveira considera a inclusão do coprocessado no mandato do diesel verde uma opção menos desfavorável em comparação à sua inclusão na política do biodiesel, atualmente produzido apenas pela Petrobras. Ele afirmou que o governo apoia a nova indústria tanto do diesel verde quanto do biodiesel e que é positivo que a discussão esteja se direcionando para o diesel verde, uma nova questão no Brasil.
Anteriormente, durante a tramitação do projeto na Câmara, a Petrobras tentou incluir seu coprocessado no mandato do biodiesel, defendendo que não deveria haver distinção entre as rotas. Essa proposta foi rejeitada pelo governo e pelos deputados.
No Senado, uma emenda da senadora Tereza Cristina propõe reconhecer a parcela renovável do coprocessado no mandato destinado ao diesel verde. Silveira argumentou que, embora o investimento da Petrobras no coprocessado seja importante e futuramente competitivo, ele não deve competir com o biodiesel nem com o diesel verde.
O diesel verde, conhecido como HVO, é quimicamente idêntico ao diesel de petróleo, mas tem origem 100% renovável. No processo de coprocessamento, a Petrobras mistura óleo vegetal ao refinar o petróleo, resultando em um diesel com uma parcela de carbono renovável, obtido por hidrotratamento, como o HVO. Atualmente, a companhia comercializa este produto como Diesel R, com 5% de volume (R5) renovável.
*Com informações do portal epbr.
Saiba mais:
MME planeja abertura total do mercado livre de energia
UFC cria tecnologia sustentável para extração de hidrogênio verde