A economia brasileira registrou crescimento de 2,5% no primeiro trimestre de 2024, comparado ao mesmo período do ano anterior. Em relação ao último trimestre de 2023, o Produto Interno Bruto (PIB) apresentou alta de 0,8%, de acordo com dados divulgados nesta terça-feira (4) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Em valores correntes, o PIB atingiu R$ 2,7 trilhões.
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No recorte setorial, a indústria e os serviços cresceram 2,8% e 3%, respectivamente, na comparação anual. A agropecuária, no entanto, apresentou queda de 3%, influenciada por fatores climáticos, como o El Niño, que afetaram a produção agrícola. Produtos como soja, milho, fumo e mandioca tiveram safras menores e perda de produtividade.
O crescimento industrial foi impulsionado pelas indústrias extrativas, que registraram alta de 5,9%, destacando-se a extração de petróleo, gás e minério de ferro. A atividade de eletricidade, gás, água, esgoto e gestão de resíduos também teve desempenho positivo, com alta de 4,6%.
Consumo e investimentos
O consumo das famílias cresceu 4,4% e as despesas do governo aumentaram 2,6%, comparados ao primeiro trimestre de 2023. A Formação Bruta de Capital Fixo, indicador de investimentos, avançou 2,7%. As exportações subiram 6,5%, enquanto as importações aumentaram 10,2%, revertendo a contribuição positiva do setor externo observada em 2022 e 2023.
No primeiro trimestre de 2024, a taxa de investimento foi de 16,9% do PIB, ligeiramente abaixo dos 17,1% registrados no mesmo período do ano anterior.
Comparação trimestral
Em relação ao trimestre anterior, o crescimento de 0,8% representa uma recuperação após a queda de 0,1% no final de 2023. Este é o maior crescimento desde o segundo trimestre de 2023, que registrou alta de 0,9%.
O setor de serviços liderou a recuperação, com crescimento de 1,4%, impulsionado pelo comércio varejista, serviços pessoais, atividade de internet e desenvolvimento de sistemas, além dos serviços profissionais.
O crescimento econômico do trimestre foi sustentado principalmente pela demanda interna, com aumento do consumo das famílias, apoiado pela melhoria no mercado de trabalho, taxas de juros e inflação mais baixas e programas governamentais de auxílio.
A taxa de poupança foi de 16,2%, inferior aos 17,5% do mesmo trimestre de 2023, refletindo o maior consumo das famílias.
*Com informações do portal Agência Brasil.
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