A ata da última reunião do Comitê de Estabilidade Financeira (Comef) do Banco Central (BC), divulgada nesta quarta-feira (5), destaca que o apetite ao risco das instituições financeiras aumentou e que o cenário econômico continua exigindo atenção. O documento aponta mudanças no comportamento do crédito para famílias e para empresas.
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No segmento de crédito para famílias, o Comef observou uma estabilização no ritmo de crescimento após um longo período de desaceleração, com sinais de aquecimento nas linhas de financiamento de veículos e crédito não consignado. No entanto, houve uma piora nos critérios de concessão, enquanto o endividamento e o comprometimento de renda permanecem historicamente elevados.
Para as empresas, o ritmo de crescimento do crédito aumentou, mas sem alterações significativas nos critérios de concessão. O Comef enfatiza a importância de os intermediários financeiros manterem a qualidade das concessões para garantir a estabilidade do sistema.
Na semana passada, o Comef decidiu manter o Adicional Contracíclico de Capital Principal no Brasil (ACCPBrasil) em 0%. A reserva é uma medida preventiva para minimizar riscos à estabilidade financeira. As provisões mantidas pelos bancos estão em níveis adequados, acima das estimativas de perdas esperadas, o que indica uma preparação sólida contra possíveis inadimplências.
O comitê prevê que o nível de materialização de risco para micro, pequenas e médias empresas permaneça estável. Além disso, os níveis de capitalização e liquidez do Sistema Financeiro Nacional (SFN) continuam superiores aos requerimentos prudenciais, sendo suficientes para absorver potenciais perdas em cenários estressados.
A rentabilidade do SFN apresentou um leve aumento, devido à redução das despesas de provisão e dos custos de captação nos últimos meses.
Ademais, o comitê do BC avaliou que os preços de ativos e o crescimento do crédito não representam uma preocupação no médio prazo, embora existam incertezas que precisam ser monitoradas.
*Com informações do portal Valor Investe.
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