Brasil supera a Bélgica e torna-se o maior destino de veículos elétricos e híbridos chineses. De janeiro a abril, a China exportou 88,32 mil unidades desse tipo de automóvel ao Brasil, acima das 88,16 mil unidades enviadas à Bélgica. A mudança ocorreu em abril, quando 40,9 mil carros foram embarcados para o Brasil, quase igualando os 47,4 mil exportados no primeiro trimestre.
Quer receber os conteúdos da TrendsCE no seu smartphone?
Acesse o nosso Whatsapp e dê um oi para a gente
Essa movimentação acontece em um momento em que o Brasil implementou a tributação sobre a importação de veículos elétricos e híbridos, com um cronograma de aumento gradual das alíquotas até 2026. Além disso, veículos chineses têm enfrentado investigações de subsídios na União Europeia e taxas de 100% nos Estados Unidos, desviando o comércio para mercados alternativos.
Embora o Brasil lidere em volume, a Bélgica mantém a liderança em valores exportados. De janeiro a abril, a China exportou US$ 2,38 bilhões em veículos elétricos e híbridos para a Bélgica, enquanto para o Brasil foram US$ 1,84 bilhão, quase dez vezes mais que os US$ 188,2 milhões do mesmo período de 2023. O Reino Unido ocupa o terceiro lugar, com US$ 1,57 bilhão.
Tributação sobre veículos elétricos e híbridos
Desde janeiro, a importação de carros elétricos e híbridos no Brasil está sujeita ao imposto de importação, com aumentos previstos até 2026. Atualmente, a alíquota para carros elétricos é de 10%, enquanto híbridos e híbridos plug-in são taxados em 15% e 12%, respectivamente. Em julho, essas taxas aumentarão para 18% para elétricos, 25% para híbridos e 20% para híbridos plug-in.
No total de automóveis de passageiros, incluindo veículos totalmente a combustão, a Rússia lidera como destino dos veículos chineses. De janeiro a abril, a China exportou US$ 3,52 bilhões em veículos para a Rússia, seguida pela Bélgica com US$ 2,49 bilhões e pelo Reino Unido com US$ 2,12 bilhões. O Brasil ocupa a quarta posição, com US$ 2,05 bilhões, uma posição alcançada em curto período, já que no primeiro bimestre de 2023, o país era o 19º maior destino.
Devido ao tempo de transporte de 45 a 60 dias, parte dos veículos exportados ainda não chegou ao Brasil. De janeiro a maio, o país importou US$ 1,14 bilhão em carros da China, incluindo veículos a combustão, híbridos e elétricos, um aumento em relação aos US$ 202 milhões do mesmo período de 2023, segundo a Secretaria de Comércio Exterior (Secex/Mdic).
*Com informações do portal Época Negócios.