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Brasil está alinhado ao Net Zero, mas fica para trás na corrida do hidrogênio

As Contribuições Nacionalmente Determinadas (NDCs) ou planos climáticos de Brasil, França, Reino Unido, Estados Unidos (EUA) e Austrália estão entre os mais alinhados com o cenário de emissões líquidas zero projetado pela BloombergNEF (BNEF). A análise sugere como o mundo ainda pode alcançar parte dos objetivos do Acordo de Paris e manter o aquecimento global abaixo de 2°C.


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Embora cientistas do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC) recomendem limitar o aumento da temperatura global a 1,5°C até 2100, o cenário net zero da BNEF projeta uma chance de 67% de manter o aquecimento em 1,75°C. Neste contexto, a demanda por petróleo, gás e carvão atinge o pico rapidamente e declina acentuadamente a partir de 2025.

Os setores de energia, transporte, indústria e edifícios estão avançando em ritmos diferentes conforme as tecnologias de descarbonização disponíveis. Contudo, todos veem as emissões começarem a cair imediatamente, impulsionadas pela rápida expansão das tecnologias de energia limpa.

A simulação prevê que a capacidade global de energia renovável triplicará até 2030, a adoção rápida de veículos elétricos reduzirá o mercado de carros a gasolina e diesel até 2034, e tecnologias de captura de carbono, armazenamento de energia e geração nuclear darão um salto antes de 2030.

Quase metade das emissões evitadas entre hoje e 2050 virá da descarbonização do setor de energia elétrica. Um quarto dependerá da eletrificação dos setores de uso final, como transporte rodoviário, edifícios e indústria. O quarto restante, considerado o mais desafiador, inclui biocombustíveis no transporte marítimo e aéreo, hidrogênio na indústria e transporte, e captura e armazenamento de carbono na indústria e geração de energia.

Brasil na corrida do hidrogênio

Outro estudo recente da BNEF indica que o Brasil está atrasado na atração de projetos de hidrogênio de baixo carbono, apesar de seu potencial de fornecimento de eletricidade renovável. Políticas de apoio mais robustas na China, Europa e Estados Unidos podem resultar em mais de 80% do fornecimento global de hidrogênio limpo até 2030.

Regiões como América Latina e Austrália, apesar dos grandes projetos em andamento, podem desempenhar um papel menor devido ao fraco apoio político. Os EUA, por sua vez, devem se tornar o maior produtor individual de hidrogênio limpo até o fim da década, com quase 37% da oferta global, impulsionados pelos incentivos das Leis de Redução da Inflação e Bipartidária de Infraestrutura.

Globalmente, espera-se que apenas 30% dos 1,6 mil projetos anunciados se concretizem, resultando em 477 projetos operacionais até o final da década. Mesmo assim, o fornecimento global de hidrogênio de baixo carbono deve aumentar 30 vezes, de 500 mil toneladas atualmente para 16,4 milhões de toneladas por ano até 2030.

*Com informações do portal epbr.

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