Dados do balanço de pagamentos do Banco Central apontam que os títulos de renda fixa são os investimentos preferidos dos brasileiros no exterior. Em maio, os brasileiros aplicaram US$ 2,2 bilhões nessa modalidade, o terceiro maior volume mensal desde 2020. O recorde ocorreu em janeiro de 2024, com US$ 2,9 bilhões, seguido por fevereiro deste ano, com US$ 2,6 bilhões.
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Entre janeiro e maio de 2024, os brasileiros investiram US$ 9,3 bilhões em renda fixa fora do país, superior aos US$ 729 milhões em fundos internacionais e US$ 614 milhões em ações. No mesmo período de 2023, os investimentos foram de US$ 3,5 bilhões em renda fixa, enquanto houve resgates de US$ 405 milhões em fundos e investimentos de US$ 1 bilhão em ações.
Os investimentos incluem títulos do Tesouro americano, títulos corporativos e CDs, semelhantes aos CDBs em dólar. O aumento das taxas de juros pelo Federal Reserve, iniciado em março de 2022, tornou os treasuries atraentes, com taxas entre 5,25% e 5,5% ao ano desde julho do ano passado. Atualmente, as taxas variam de 5,42% para títulos de um mês a 4,25% para títulos de 10 anos.
Esses títulos são considerados seguros e atraentes em tempos de incerteza. A previsão de manutenção de juros elevados pelo Fed para controlar a inflação contribui para essa atratividade.
Investir nos treasuries é possível por meio de contas internacionais oferecidas por instituições financeiras no Brasil e no exterior, como Avenue, C6 e Nomad. O investimento mínimo é de US$ 100. Alternativamente, fundos passivos (ETFs) como SGOV e TFLO permitem investimentos a partir de US$ 1, sem a necessidade de reinvestimento em títulos de curto prazo.
Antes da alta dos juros, os títulos de curtíssimo prazo eram irrelevantes, mas agora oferecem retornos com baixa volatilidade. Títulos de prazos mais longos, no entanto, apresentam maior volatilidade.
*Com informações do portal Valor Investe.
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