O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central decidiu manter a taxa básica de juros (Selic) em 10,50% ao ano na última reunião, interrompendo um ciclo de cortes iniciado em agosto de 2023. A decisão decorre da avaliação de que o mercado de trabalho e a atividade econômica, especialmente o consumo das famílias, estão mais dinâmicos do que o previsto, exigindo a manutenção da política monetária contracionista por mais tempo.
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A ata do Copom destaca a necessidade de manter os juros elevados para consolidar o processo de desinflação e ancorar as expectativas em torno das metas de inflação. As projeções para a inflação de 2024 e 2025 foram revisadas para cima, com expectativas de 4,0% e 3,8%, respectivamente. O cenário externo adverso, marcado pela persistência de taxas de juros elevadas em países desenvolvidos, também foi mencionado como um fator de preocupação.
A inflação no Brasil deixou de ser influenciada pelos preços de bens industriais e de alimentos, com a inflação de serviços, que possui maior inércia, desempenhando um papel predominante na atual dinâmica. O ambiente externo continua incerto, especialmente em relação à política monetária nos Estados Unidos e à trajetória da inflação em diversas economias.
Os bancos centrais das principais economias permanecem focados na convergência das taxas de inflação para suas metas, em um contexto de pressões nos mercados de trabalho. O Copom alerta que o cenário exige cautela por parte dos países emergentes.
O dinamismo dos indicadores de atividade econômica e do mercado de trabalho no Brasil superou as expectativas. A inflação ao consumidor apresentou uma trajetória de desinflação, enquanto as medidas de inflação subjacente permanecem acima da meta nas divulgações mais recentes.
*Com informações do portal InfoMoney.
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