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Expansão de centros de dados impulsionada pela IA transforma mercado

centro de dados

A crescente demanda por poder computacional para alimentar a inteligência artificial (IA) está transformando o cenário dos centros de dados. Segundo a Goldman Sachs, a demanda por energia desses centros deve aumentar 160% até o final da década, impulsionada pelo uso crescente de ferramentas como o ChatGPT, que consomem até dez vezes mais eletricidade que uma pesquisa básica no Google.


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Essa revolução pode beneficiar empresas de construção, serviços públicos e elétricas envolvidas no ecossistema dos centros de dados. Tradicionalmente vistos como setores defensivos, agora oferecem oportunidades de investimento promissoras. Nos últimos seis meses, as utilidades foram o terceiro setor de melhor desempenho no S&P 500, ficando atrás apenas dos setores de tecnologia da informação e serviços de comunicação, dominados por gigantes da IA como Meta, Nvidia e Alphabet.

Algumas empresas específicas têm se destacado. A Digital Realty Trust, única empresa de investimento imobiliário de centros de dados na bolsa de Nova York, valorizou-se 38% no último ano. O ETF Global X Data Center & Digital Infrastructure subiu 12%, superando o ganho de 4% do iShares Core US REIT ETF.

Companhias que facilitam o grande uso de eletricidade também tiveram forte desempenho em 2024. A Super Micro Computer, especializada em tecnologia de resfriamento líquido para hardware de IA, teve valorização de 200% até agora. Vertiv, que fabrica equipamentos de energia e resfriamento para centros de dados, subiu 80% neste ano, acumulando 435% desde o último grande trimestre da Nvidia, superando a valorização desta última em 130 pontos percentuais.

Globalmente, ações de equipamentos elétricos e de rede nos EUA, Coreia, Índia e Europa subiram até 140% desde o início do ano, conforme análise do JPMorgan. Apesar do crescimento do setor, a transição para IA trouxe desafios para as empresas de software, que ficaram para trás em relação aos seus pares de hardware.

A alta demanda por GPUs e outros equipamentos físicos fez com que as ações de hardware superassem as de software em 30 pontos percentuais este ano. Esse movimento reflete o foco do ciclo de GenAI em infraestrutura, com empresas de nuvem planejando gastar mais de US$ 200 bilhões em centros de dados neste ano.

*Com informações do portal exame.

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