Um estudo realizado pelo Boston Consulting Group (BCG) com mais de mil empresários globais revelou que 83% das empresas consideram a inovação uma prioridade. No entanto, apenas 3% estão preparadas para implementá-la efetivamente. Esta porcentagem representa uma queda em comparação a 2022, quando 20% das empresas se declararam prontas para inovar.
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O estudo também destacou que menos da metade das companhias se esforçou para alinhar seu posicionamento estratégico com o desejo de inovar, com apenas 48% conseguindo esse alinhamento. Entre aquelas que tentaram, somente 12% conseguiram quantificar um impacto real em suas operações.
O Brasil está abaixo da média global em termos de inovação, tanto na prioridade dada à gestão quanto na execução de ações e prontidão para testar novas ideias. No país, 50% dos executivos consideram a inovação central para os negócios.
Os principais obstáculos identificados pelos participantes da pesquisa para a implementação de estratégias inovadoras incluem uma cultura avessa ao risco (70%), estratégias mal desenhadas ou generalistas (45%), falta de governança robusta (40%) e problemas macroeconômicos, como juros elevados e falta de mão de obra especializada. Esses fatores dificultam a adoção de estratégias inovadoras e aumentam a disputa por talentos no mercado.
Com isso, as empresas continuam a enfrentar dificuldades em transformar a vontade de inovar em ações concretas, apontou Bruno Vasconcellos, diretor-executivo e sócio do BCG, em entrevista à Época Negócios. Segundo ele, a principal barreira é o desalinhamento entre estratégias de negócio e iniciativas inovadoras.
A falta de clareza nos objetivos e o desenvolvimento de ideias isoladas, sem uma estrutura de suporte abrangente, são citados como grandes vilões. Esses fatores levam a problemas como a perda de foco e a insistência em projetos inviáveis.
Além das dinâmicas internas, o cenário macroeconômico exerce influência significativa. No pós-pandemia, os países mais ricos enfrentam juros em níveis históricos, resultando em um custo de capital elevado. Essa situação contribui para a redução no número de empresas dispostas a inovar ou a investir capital humano e financeiro adequadamente.
*Com informações do portal Época de Negócios.
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