De acordo com dados da Agência Internacional de Energia (IEA), a produção global de biocombustíveis atingiu 175 bilhões de litros em 2022. Os Estados Unidos lideraram a produção mundial, com 57,5 bilhões de litros de etanol, principalmente a partir do milho, e 14,5 bilhões de litros de biodiesel. O Brasil, segundo maior produtor de etanol com 35,6 bilhões de litros derivados da cana-de-açúcar, ocupa a terceira posição na produção de biodiesel, atrás da Indonésia.
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Do total de biocombustíveis, 114,2 bilhões de litros foram de etanol e 60,8 bilhões de litros de biodiesel. Esses biocombustíveis evitaram o consumo diário de 2 milhões de barris de petróleo, representando 4% da demanda global de petróleo no setor de transportes.
A produção de etanol se concentra principalmente no milho e na cana-de-açúcar. Já o biodiesel tem 70% de sua produção baseada em óleos vegetais, como óleo de colza (14%), óleo de soja (23%) e óleo de palma (29%), com 25% vindo de óleos de cozinha reciclados.
O Brasil é pioneiro na produção e uso de biocombustíveis, combinando mandatos de mistura, incentivos financeiros e requisitos de sustentabilidade. Desde o início do programa Proálcool em 1975, a mistura de etanol à gasolina aumentou progressivamente, chegando aos atuais 27%.
Os automóveis flexfuel, que representam cerca de 90% da frota de veículos leves do país, permitem misturas elevadas de etanol, totalizando 34% em termos energéticos em 2022. A mistura de biodiesel ao diesel está em 10%, com previsão de aumento para 15% até 2026.
Nos EUA, a produção de biocombustíveis cresceu entre 2000 e 2012. Em 2022, foi aprovada a mistura de 15% de etanol à gasolina, embora o impacto tenha sido limitado devido à adaptação das bombas de combustível. Políticas de incentivo fizeram com que os biocombustíveis representassem 22% da energia de transporte no Brasil e 7% nos EUA em 2022.
Os biocombustíveis tem papel fundamental na redução das emissões de gases de efeito estufa no setor de transportes, complementando veículos elétricos, motores eficientes, mudanças nos modos de transporte e outros combustíveis limpos, como o hidrogênio.
*Com informações do portal exame.
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