O governo federal investirá cerca de R$ 500 milhões no desenvolvimento científico e tecnológico na Amazônia. O anúncio foi feito por Luciana Santos, ministra da Ciência, Tecnologia e Inovação, durante a 76ª Reunião Anual da Sociedade Brasileira pelo Progresso da Ciência (SBPC) em Belém, na Universidade Federal do Pará.
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Os recursos são oriundos do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Ciência e Tecnologia (FNDCT), que contribuirá com R$ 160 milhões, do Programa ProAmazônia, com R$ 150 milhões, e do Programa de Ciência, Tecnologia e Inovação para Segurança Alimentar e Erradicação da Fome, com R$ 184,2 milhões.
Os R$ 160 milhões do FNDCT serão destinados à infraestrutura e pesquisa científica na região, incluindo recuperação, atualização e criação de laboratórios, acervos científicos, históricos e culturais, e coleções biológicas. Desse montante, R$ 110 milhões serão aplicados em projetos fora das capitais dos estados amazônicos.
Além disso, R$ 10 milhões serão alocados para proteger os acervos do Programa de Coleções Científicas e Biológicas do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa), que abriga a maior referência da biodiversidade da Floresta Amazônica. O governo federal também destinará R$ 20 milhões para o Museu das Amazônias, um novo espaço a ser construído no Armazém 4A, no Parque Urbano Belém Porto Futuro, com previsão de conclusão até a COP 30 em 2025.
O Programa ProAmazônia financiará projetos de inovação empresarial em bioeconomia, cidades sustentáveis, descarbonização de processos produtivos, transformação digital, economia digital, restauração florestal, transporte e monitoramento ambiental.
Os recursos do Programa de Ciência, Tecnologia e Inovação para Segurança Alimentar e Erradicação da Fome serão utilizados para desenvolver soluções tecnológicas para cadeias socioprodutivas da bioeconomia e sistemas agroalimentares. Editais serão lançados para instituições de ciência e tecnologia e para empresas públicas e privadas da região.
Após a conferência, houve pedidos para aumentar os valores não reembolsáveis do FNDCT e críticas à participação limitada da comunidade científica nas reuniões dos comitês setoriais do fundo e à demora na formalização dos conselhos técnicos científicos.
*Com informações do portal Agência Brasil.
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