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Brasil pode manter posição como nona maior economia do mundo após alta do dólar

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Segundo as estimativas iniciais de 2024, a desvalorização do real em relação ao dólar pode dificultar a ascensão do Brasil à oitava posição entre as maiores economias do mundo. A partir das novas projeções do Fundo Monetário Internacional (FMI) e da taxa média de câmbio até 16 de julho, Alex Agostini, economista-chefe da Austin Rating, analisa que, no cenário atual, o Brasil deve permanecer na nona posição.


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Apesar de o Brasil ter sido a sétima maior economia global entre 2010 e 2014, em 2020 o país saiu do top 10, ocupando a 11ª posição em 2022 e subindo para a 9ª em 2023. A última vez que o Brasil esteve em oitavo lugar foi em 2017.

A mudança nas expectativas se deve à combinação de um cenário econômico incerto e uma moeda nacional enfraquecida. Em maio, o Ministério da Fazenda elevou a previsão de crescimento do PIB brasileiro em 2024 de 2,2% para 2,5%. Entretanto, o FMI reduziu sua estimativa para 2,1%, enquanto manteve o crescimento previsto para a Itália em 0,7%.

A desvalorização do real em 2024, uma das mais acentuadas entre as moedas globais, pode levar o Brasil a cair para a 10ª posição, caso o dólar permaneça acima de R$ 5,40 até o final do ano. Em abril, quando o FMI projetou o Brasil como a oitava maior economia, o dólar estava cotado a R$ 5,18. Atualmente, a moeda americana está em R$ 5,485.

Fatores internos e externos no Brasil

A valorização do dólar no Brasil é atribuída a incertezas políticas e preocupações com o equilíbrio fiscal, que reduziram as expectativas de cortes na taxa básica de juros (Selic) em 2024. Mesmo com o dólar em alta, analistas de mercado esperam uma leve descompressão cambial até o final do ano, com a cotação do dólar projetada em R$ 5,22 no relatório Focus do Banco Central, contra R$ 5,13 há um mês.

Embora o FMI mantenha um otimismo moderado sobre a economia brasileira, o principal desafio reside em fatores internos, como a capacidade do governo de controlar o crescimento da dívida pública. A confiança dos investidores depende de um ambiente político mais estável e de uma gestão econômica equilibrada, focada no controle das contas públicas e na preservação da autonomia do Banco Central.

*Com informações do portal IstoÉ Dinheiro.

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