Durante o 23º Congresso Brasileiro do Agronegócio (CBA), realizado pela Associação Brasileira do Agronegócio (ABAG) e pela B3, o embaixador Roberto Azevêdo destacou a necessidade de o Brasil buscar uma narrativa interna coerente e construir uma coalizão internacional para promover discussões sobre agricultura e clima. Azevêdo, sócio da YvY Capital e consultor da ABAG, enfatizou a importância de expor as especificidades da agricultura tropical em pé de igualdade com os países que lideram essas questões.
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Azevêdo identificou oportunidades para o agronegócio brasileiro e possíveis alianças com países da América Latina, África, Ásia e até com os Estados Unidos, apesar de serem fortes competidores. O objetivo é criar um campo de competição justo, evitando arbitrariedades. Ele sugeriu uma coalizão de peso para discutir uma nova ordem internacional onde o agronegócio seja visto como uma solução para a questão climática.
No painel sobre Geopolítica e Sustentabilidade, Ingo Plögler, vice-presidente da ABAG, apontou oportunidades nas áreas de segurança alimentar, segurança energética, ativos biológicos e desenvolvimento social. Ele destacou a negociação de uma aliança global contra a fome e a pobreza no âmbito do G20, pauta sugerida pelo Brasil.
Ricardo Santin, presidente da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), ressaltou que não existem fronteiras para alimentos e que o governo brasileiro deve buscar acordos que exponham a competitividade do país. O Brasil detém 37% do mercado global de frango e 14% de suínos, e Santin prevê que a importância do país no fornecimento de proteínas aumentará no médio e longo prazos.
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