O desenvolvimento da geração eólica offshore no Brasil também foi citado como uma meta futura, condicionada à cadeia de fornecimento onshore. (Foto: Divulgação/Vestas)
A Vestas, empresa dinamarquesa líder em energia eólica, anunciou um conjunto de medidas estratégicas para revitalizar a cadeia de fornecimento de geração eólica no Brasil. Em evento realizado na última sexta-feira (9) na fábrica de Aquiraz, no Ceará, a companhia revelou um pacote de estímulos negociado com os governos federal e estadual, visando enfrentar a crise atual de falta de demanda no setor.
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Entre as ações, a Vestas investirá R$ 130 milhões na produção local da turbina V163, com capacidade de 4,5 megawatts (MW), além de iniciar a fabricação de pás eólicas em Caucaia, próxima ao Porto do Pecém. A empresa também firmou parceria com o Santander para oferecer créditos mais competitivos a fornecedores, conforme critérios ambientais, sociais e de governança.
Além disso, foi assinado um protocolo de intenções com o governo do Ceará para a transferência de créditos tributários acumulados pela Vestas entre 2019 e 2021. Essa medida beneficiará clientes que instalarem novos parques eólicos no estado.
A empresa acredita que a recuperação da indústria eólica depende de uma demanda estável, com previsões de encomendas para os próximos três a cinco anos. Entre as medidas sugeridas para assegurar essa estabilidade estão a abertura do mercado livre de energia para todos os consumidores e a realização de leilões de reserva. Outros fatores que podem impulsionar a demanda incluem a eletrificação da indústria, a atração de data centers e o desenvolvimento de projetos de hidrogênio.
A produção de hidrogênio de baixo carbono, que requer energia renovável, é vista como uma oportunidade para o Brasil se tornar um polo exportador de combustível verde. A Vestas destacou a importância de ampliar a capacidade de geração limpa para viabilizar esses projetos, especialmente na região Nordeste.
Apesar dos investimentos anunciados, a empresa não prevê expansão imediata da capacidade instalada no país, mas não descarta essa possibilidade no futuro, dependendo do crescimento do setor. A Vestas também enfatizou a necessidade de o Brasil competir com outros países que oferecem incentivos à industrialização verde, como os Estados Unidos com o Inflation Reduction Act (IRA).
O desenvolvimento da geração eólica offshore no Brasil também foi citado como uma meta futura, condicionada à robustez da cadeia de fornecimento onshore e à aprovação do marco legal que regulamenta esses projetos, atualmente em discussão no Senado.
*Com informações do portal epbr.
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