Os fundos de investimento imobiliário (FIIs) “de papel” foram o destaque do mercado nos primeiros sete meses de 2024, de acordo com levantamento realizado pela Elos Ayta Consultoria para a IstoÉ Dinheiro. Esses fundos, que investem em ativos financeiros como Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRIs) ou em outros fundos, mostraram desempenho superior em um cenário de alta da Selic e incertezas econômicas.
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Diferentemente dos fundos de tijolo, que obtêm seus rendimentos de imóveis físicos, os FIIs de papel oferecem maior segurança em períodos de volatilidade. A alta nos juros, tanto no Brasil quanto no exterior, favorece esses fundos, uma vez que eles tendem a distribuir dividendos mais elevados e apresentam menor volatilidade.
Especialistas alertam, no entanto, para a necessidade de uma análise criteriosa dos ativos que compõem esses fundos. A resiliência dos ativos subjacentes é fundamental para a manutenção dos retornos em um cenário econômico desafiador. Fundos que investem em títulos classificados como “high grade” são considerados mais seguros.
O levantamento de Einar Rivero, sócio-fundador da Elos Ayta, destaca a importância de avaliar o retorno dos FIIs em relação à inflação e aos benchmarks de cada fundo. Em meio a um cenário global de endividamento elevado e desaceleração econômica, fundos de tijolo de qualidade, como aqueles que investem em shoppings e galpões, ainda são considerados boas opções para diversificação e ganho de capital no médio e longo prazo.
Os próximos meses serão decisivos para o desempenho dos FIIs, à medida que os investidores buscam alternativas mais seguras em um ambiente econômico marcado por incertezas internas e externas.
*Com informações do portal IstoÉ Dinheiro.
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