Os Fundos de Investimento em Cadeias Agroindustriais (Fiagros) registraram uma recuperação no início do segundo semestre de 2024, em razão da manutenção da taxa básica de juros (Selic) em níveis elevados e à valorização do dólar. Após o Comitê de Política Monetária (Copom) confirmar o término do ciclo de cortes na Selic, os fundos agropecuários começaram a mostrar sinais de alta.
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Além disso, a recente valorização do dólar beneficia esses fundos, dado que muitos produtores agrícolas operam com receita em moeda estrangeira devido à exportação.
Embora o preço da soja e do açúcar tenha gerado preocupações quanto à inadimplência em operações de crédito, a situação dos Fiagros permanece relativamente estável. A inadimplência, que afeta alguns fundos, não é generalizada.
O fundo VGIA11, administrado pela Valora e focado em Certificados de Recebíveis do Agronegócio (CRAs), enfrenta desafios com três CRAs inadimplentes da Cooperativa Languiru. No entanto, medidas judiciais e renegociações estão em andamento para resolver a situação. Com isso, os preços das commodities agrícolas, têm mostrado recuperação em reais, o que ajuda a reduzir o risco de inadimplência.
Impacto da Selic nos Fiagros
A redução da taxa de juros nos últimos 12 meses prejudicou o desempenho dos Fiagros, uma vez que muitos desses fundos são indexados ao CDI, sendo impactados pela baixa nos juros. No entanto, com a expectativa de juros mais altos no futuro, esses fundos tendem a oferecer rentabilidade atraente. Atualmente, o rendimento médio dos Fiagros listados na B3 é de cerca de 14%, superando outros investimentos atrelados à Selic.
Os dividendos distribuídos pelos Fiagros também apresentaram um retorno médio de 14% nos últimos 12 meses, superior a investimentos de renda fixa e outros ativos de renda variável, como fundos imobiliários.
*Com informações do portal Valor Investe.
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