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Uso da IA generativa cresce e já atinge 72% das empresas no mundo

A tecnologia da Inteligência Artificial (IA) generativa está revolucionando os negócios, transformando as indústrias e as vidas das pessoas. Nos últimos seis anos, o interesse no uso da nova tecnologia tem crescido, tanto entre pessoas como por organizações. A pesquisa “The State of AI in Early 2024: Gen AI adoption spikes and starts to generate value”, realizada pela McKinsey, mostra que 72% das empresas do mundo já adotaram essa tecnologia, um avanço significativo comparado a 2023, quando o percentual foi de 55%.


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A pesquisa constata que modelos revolucionários, como a IA generativa, apenas demonstram como a tecnologia está superando a lacuna entre a inteligência humana e a da máquina, e seu impacto já é sentido em todos os setores da economia. Desde o marketing até o RH, passando por vendas e produção. “A IA nos negócios automatiza processos, torna a análise de dados mais eficiente e transforma a tomada de decisões. E não apenas isso, ela também remodela a forma com que as pessoas trabalham, tornando-as mais produtivas”. 

Nos negócios, a IA proporciona vários benefícios para a empresa em todos os setores. Algumas maneiras de usar a tecnologia são apontadas, como na automação para aumentar a produtividade, para reduzir erros e permitir que os funcionários se dediquem a tarefas mais complexas: análise de dados (processar grandes quantidades de dados com maior agilidade e escala). Isso permite identificar padrões, comportamentos e tendências que geram insights úteis para os negócios; e na tomada de decisões, que passam a ser mais inteligente, contribuindo para a identificação de oportunidades de negócios e obstáculos. 

É necessário acessar e gerenciar dados

Para aproveitar tudo o que pode oferecer a nova teconologia na empresa é necessário, antes de tudo, acessar, gerenciar e ativar dados (estruturados ou não) em sistemas – constata estudo realizado pelo Google Cloud (Dados e IA: Relatório e tendências de 2024 – o impacto da IA generativa), que cita as cinco principais tendência da IA generativa para 2024 e próximos anos, lembrando que os dados “são o combustível da IA e impulsionam sua eficácia”.

O levantamento aponta que a tecnologia vai acelerar a produção de insights nas organizações (primeira tendência). “Quase 2/3 dos tomadores de decisões de dados esperam uma democratização do acesso aos insights em 2024, enquanto 84% acreditam que a IA generativa vai ajudar as organizações a acessar insights com mais rapidez.

É quase impossível superestimar o quanto a IA generativa transformou o cenário tecnológico – afirma o estudo. No caso do Business Intelligence (BI), à medida que as ferramentas se tornam mais acessíveis, mesmo os membros não técnicos da equipe podem se beneficiar destes insights, impulsionando a produtividade e disseminando conhecimento com mais rapidez que nunca.

A segunda tendência aponta que a fronteira entre os papéis dos dados e da IA será menos clara, mesmo porque 80% dos entrevistados concordam que a fronteira está começando a ficar confusa. O trabalho explica que à medida que o uso da IA se torna mais generalizado, a velocidade com que as empresas podem passar de dados brutos à IA fica cada vez maior.

“As organizações que dominarem esse processo serão capazes de tomar melhores decisões, lançar novos produtos e serviços com mais rapidez e proporcionar experiências superiores aos clientes. À medida que os processos são simplificados, os papéis dos dados e da IA vão se tornar cada vez mais confusos. Isso significa que equipes antes isoladas precisarão trabalhar em uma colaboração mais estreita do que nunca”.

Pesquisa da Google Cloud (Dados e IA Relatório e tendências de 2024 – o impacto da IA generativa)

Governança de dados é imprescindível

Como terceita tendência, o documento mostra que a inovação da IA vai depender de uma forte governança de dados, uma vez que 66% das organizações têm pelo menos metade dos dados obscuros, o que representa um risco importante. Menos da metade dos entrevistados (44%) está totalmente confiante na qualidade dos dados de suas organizações.

As organizações que adotam uma abordagem prática de governança de dados, qualidade e confiança estão numa posição sólida para fornecer resultados empresariais tangíveis com a IA – ressalta o levantamento. A maioria dos participantes (45%) tem apenas “confiança moderada” na qualidade dos dados de suas organizações, e outros 11% têm “pouca confiança”.

O relatório chama a atenção para o fato da maioria dos participantes (54%) considerar que suas organizações são apenas moderadamente maduras no que diz respeito à governança de dados, e apenas 27% consideram que suas organizações são extremamente maduras ou muito maduras. Do lado positivo, muitas organizações já estão adotando medidas para garantir a precisão, a qualidade e a confiança dos dados.

Os dados operacionais vão revelar o potencial da IA generativa para apps corporativos é quarta tendência revelada pelo trabalho. 71% das organizações que participaram da pesquisa do Google Cloud planejam usar bancos de dados integrados com recursos de IA generativa. No entanto, os aplicativos empresariais de IA generativa enfrentam uma série de desafios que os LLMs por si só não abordam. Eles precisam fornecer informações precisas e atualizadas, oferecer experiências contextuais ao usuário e fazer tudo isso sem gastar muito – adverte.

Como quinta tendência: Haverá uma rápida modernização das plataformas de dados em 2024. Apenas 1% das organizações estão muito satisfeitas com o nível de suporte à IA oferecido por seus bancos de dados legados, indicando que há bastante espaço para melhorias. À medida que mais e mais organizações procuram aproveitar as oportunidades que a IA generativa traz, muitas estão descobrindo que seus bancos de dados legados estão atrapalhando devido ao atraso da tecnologia e a uma má experiência do usuário.

IA generativa está em expansão no Ceará

Para Evandro Pires Prieto, CTO do Grupo Onnitech, especializado em Meios Eletrônicos de Pagamento, a IA generativa está transformando o mundo dos negócios ao permitir a automação e a criação de conteúdos, produtos e serviços de forma inédita, oferecendo soluções rápidas e inovadoras que antes dependiam exclusivamente do trabalho humano. Empresas de diversos setores estão utilizando essa tecnologia para otimizar processos, personalizar ofertas e criar novos modelos de negócio, o que resulta em aumento de eficiência e competitividade no mercado global.

Evandro Pires Prieto, CTO do Grupo Onnitech. (Foto: Arquivo pessoal)

As aplicações da IA generativa são amplas, abrangendo desde a geração de texto e imagens, até a criação de modelos preditivos e personalização de experiências para clientes – observa. Entre os principais benefícios, ele ressalta a melhoria na tomada de decisões, redução de custos operacionais e aceleração na inovação. No entanto, desafios como a complexidade de integração, a necessidade de grandes volumes de dados de qualidade e a dependência tecnológica são barreiras que as empresas precisam superar para maximizar os benefícios dessa tecnologia.

“O uso da IA generativa levanta questões éticas e sociais cruciais, como a privacidade dos dados e a responsabilidade pelo conteúdo gerado. Além disso, há preocupações sobre a desinformação e o uso mal-intencionado da tecnologia. É essencial que as empresas e desenvolvedores implementem diretrizes éticas rigorosas e transparência em seus algoritmos. Não podemos nos esquecer também que o usuário tem uma responsabilidade neste processo. Não se pode confiar 100% no que a IA gerar. O bom e velho senso crítico ainda é muito valioso neste mundo com uma quantidade absurda de informações chegando a nós diariamente. Quanto mais passivo for o comportamento do usuário, mais risco ele corre de ser enganado pela IA”.

Evandro Pires Prieto, CTO do Grupo Onnitech

Sobre como a IA generativa pode afetar o mercado de trabalho e a cultura organizacional, Evandro Pietro afirma que a tecnologia tem o potencial de reconfigurar o mercado de trabalho ao automatizar tarefas rotineiras e criativas, o que pode levar à redução de empregos tradicionais, mas também à criação de novas funções, focadas na gestão e no desenvolvimento de IA.

As organizações – opina – vão precisar adaptar suas culturas para integrar a colaboração entre humanos e máquinas, promover a requalificação de funcionários e fomentar uma mentalidade inovadora que abrace as mudanças tecnológicas e seus impactos no ambiente de trabalho. Há uma frase que está sendo muita dita ultimamente: A IA não vai substituir os profissionais, os profissionais que utilizam a IA no seu dia a dia vão substituir os profissionais que ignoram a IA.

De modo geral – informa – as empresas estão utilizando a IA generativa principalmente para automação de marketing e vendas, criação de conteúdos personalizados, design de produtos e análise preditiva de dados. Ela também é aplicada em áreas como atendimento ao cliente, onde assistentes virtuais estão cada vez mais sofisticados, e no desenvolvimento de protótipos e simulações, que aceleram o ciclo de inovação e reduzem os custos associados ao desenvolvimento de novos produtos e serviços.

No Ceará – analisa Pietro – a adoção da IA generativa está em expansão, com várias empresas e instituições acadêmicas explorando seu potencial para melhorar processos em setores, como saúde, educação e serviços públicos. O estado demonstra um crescente interesse em se posicionar como um polo de inovação tecnológica no Nordeste brasileiro.

“Aqui no Onnibank, por exemplo, estamos já utilizando um piloto para a captação de leads e atendimento de suporte ao usuário. Os benefícios desta tecnologia são incríveis, o atendimento fica muito mais fluido e fugimos daquele tradicional ‘digite 1 para falar com X; digite 2 para falar com Y’. Isso é bem antinatural” – finaliza.

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