De acordo com o relatório payroll do Departamento de Trabalho dos EUA divulgou, nesta sexta-feira (6), que a economia adicionou 142 mil empregos não-agrícolas em agosto. O número está abaixo da previsão de 164 mil vagas e supera os 89 mil empregos criados em julho, revisados para baixo de 114 mil.
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O setor da construção civil registrou um aumento de 34 mil empregos, com a construção pesada e engenharia civil adicionando 14 mil postos, e os empreiteiros de comércio especializado não residencial continuando a expansão. O setor de saúde criou 31 mil vagas.
A taxa de desemprego caiu para 4,2%, alinhada com as expectativas. A taxa de participação na força de trabalho permaneceu em 62,7%. O ganho médio por hora aumentou 0,4%, superando a expectativa de 0,3% e a queda de 0,1% anterior, revisada de um aumento de 0,2%. Além disso, o número de americanos fora da força de trabalho que buscam emprego é de 5,6 milhões.
Após a divulgação, os futuros da Nasdaq 100 caíram 0,38%, S&P 500 recuou 0,19%, e Dow Jones perdeu 0,20%. No Brasil, o Ibovespa Futuro subiu 0,43% e o dólar recuou 0,56%, para R$5,5434.
Analistas interpretam o resultado do payroll de forma divergente. Alguns acreditam que a desaceleração do mercado pode reduzir a necessidade de um corte maior nas taxas de juros, enquanto outros alertam para uma possível deterioração mais rápida das condições econômicas, o que pode pressionar o Federal Reserve (Fed) a agir com mais rapidez.
Fed pode cortar juros em setembro
O Fed pode iniciar um ciclo de cortes de juros neste mês, com uma redução de 50 pontos-base. Os dados apontam que a taxa de desemprego caiu para 4,2% em agosto, enquanto a criação de empregos ficou abaixo das previsões tanto em agosto quanto em julho.
Atualmente, o mercado vê 55% de chance de que o Fed reduza sua taxa de juros, que está na faixa de 5,25% a 5,50%, para 4,75% a 5% na reunião de 17 e 18 de setembro. Antes da divulgação do relatório, as chances eram de cerca de 43%, com expectativas mais fortes para uma redução de 25 pontos-base.
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