A economia criativa, segundo Ricupero, não é apenas uma expressão cultural, mas um fator estratégico de projeção internacional. (Foto:
Rubens Ricupero, ex-ministro da Fazenda e um dos responsáveis por promover o conceito de economia criativa, afirmou que o país precisa despertar para o setor e enxergá-lo a partir da perspectiva econômica. A declaração foi dada durante o Festival Mundial da Criatividade em São Paulo, evento que homenageou o ex-secretário-geral da Unctad (1995-2004) pelos 20 anos do Consenso de São Paulo, acordo internacional que marcou o início da Economia Criativa na ONU.
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Em sua gestão na Unctad, Ricupero apoiou projetos como o da Jamaica, que buscou transformar música e dança em ativos econômicos. O país, que sofria com a migração de seus compositores, perdia direitos autorais para grandes grupos internacionais. Ricupero, em entrevista ao IstoÉ Dinheiro, destacou que a economia criativa, como nos exemplos dos Estados Unidos e Reino Unido, mostrou-se um recurso estratégico para a exportação cultural e a geração de empregos.
O ex-ministro destacou que, enquanto países como os Estados Unidos têm a cultura como sua segunda maior indústria de exportação, o Brasil ainda não explora totalmente esse potencial. Para ele, a falta de políticas públicas deliberadas, como uma instituição focada na economia criativa, dificulta o avanço do setor no país.
A economia criativa, segundo Ricupero, não é apenas uma expressão cultural, mas um fator estratégico de projeção internacional e um impulsionador de segmentos como turismo e serviços. A combinação de cultura, criatividade e economia é essencial para o desenvolvimento sustentável do país.
*Com informações do portal IstoÉ Dinheiro.
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