O mercado de debêntures incentivadas ganhou impulso em 2024, com destaque para a emissão de R$ 1,63 bilhão pela Eletrobras, com prazo de dez anos. A movimentação aqueceu o setor, tornando esses fundos mais atraentes pela resiliência e rentabilidade, superando outras classes de ativos domésticos.
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De acordo com um relatório da XP, fundos de debêntures atrelados ao CDI ocupam a segunda posição em termos de retorno, atrás apenas dos fundos globais beneficiados pela valorização do dólar. O cenário elevou o interesse de investidores que buscam alternativas sólidas diante da volatilidade do mercado.
Analistas apontam que mudanças regulatórias e condições favoráveis no mercado têm impulsionado a valorização das debêntures incentivadas. A demanda por ativos isentos de impostos e alterações na resolução 5.118 do Conselho Monetário Nacional (CMN), que ajustou regras para emissões de CRIs, CRAs, LCIs e LCAs, aumentaram a procura por esses títulos, elevando seus preços.
O baixo desempenho de ativos de renda variável em 2024, como a estabilidade do Ibovespa e a queda de mais de 11% nas small caps, fez com que investidores migrassem para renda fixa. Com a perspectiva de aumento da taxa Selic para 11,25% ao ano, os fundos de debêntures atrelados ao CDI ganharam ainda mais relevância.
Esses fundos, que oferecem proteção contra a volatilidade, foram os mais rentáveis em 2024. Enquanto fundos indexados ao IPCA sofreram com a abertura da curva de juros, os atrelados ao CDI mantiveram desempenho sólido. Ainda assim, os fundos ligados à inflação continuam a apresentar efeito de carrego positivo, ajudando a compensar oscilações.
Deste modo, o cenário brasileiro favorece especialmente os fundos de debêntures incentivadas atrelados ao CDI, que se consolidam como opção atraente para investidores em busca de rentabilidade e proteção em um ambiente de mercado volátil.
*Com informações do portal IstoÉ Dinheiro.
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