O Ministério das Finanças e o Banco Central da Rússia apresentaram, na última terça-feira (15), um relatório sugerindo a criação de uma criptomoeda para os BRICS, visando substituir o sistema financeiro tradicional. O documento foi divulgado antes da 16ª cúpula do grupo, que ocorrerá entre 22 e 24 de outubro. A proposta reflete a exclusão da Rússia do sistema de pagamentos internacional Swift e a busca por alternativas para transferências transfronteiriças.
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A criptomoeda seria baseada em uma tecnologia blockchain, Digital Ledger Technology (DLT), com liquidações por meio de tokens lastreados em moedas nacionais. A ideia é substituir o modelo centralizado e dependente do dólar por um sistema descentralizado.
Segundo o relatório, o uso de DLT acrescentaria entre 1% e 2% ao custo das transações, mas promoveria maior independência financeira para os países do BRICS, atualmente liderado pela Rússia e composto por Brasil, Índia, China, África do Sul, Egito, Etiópia, Irã, Arábia Saudita, Emirados Árabes Unidos.
O grupo de países em desenvolvimento têm discutido alternativas ao uso do dólar e criticado o papel do Fundo Monetário Internacional (FMI). A Rússia defende que o novo sistema garanta acesso inclusivo e segurança aos participantes. No entanto, a implementação enfrenta desafios tecnológicos, como a necessidade de interoperabilidade entre as diferentes redes de DLT e a segurança das transações.
O relatório russo também critica a concentração de investimentos internacionais em mercados desenvolvidos, alegando que economias emergentes permanecem subfinanciadas. A proposta busca reduzir a dependência do dólar e fortalecer o comércio entre os países do bloco.
*Com informações do portal Seu Dinheiro.
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