O Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC) lançou, esta semana, a plataforma InvestVis, que tem como objetivo facilitar o acesso a dados sobre investimentos estrangeiros diretos (IED) no Brasil e no exterior. Geraldo Alckmin, vice-presidente e ministro do Pasta, afirmou que a plataforma será uma ferramenta estratégica para orientar políticas públicas e decisões do setor privado.
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A ferramenta surge em meio ao crescimento do potencial do Brasil para atrair investimentos internacionais, oferecendo dados que permitem às empresas acompanhar as tendências globais e direcionar suas estratégias. A ferramenta consolida informações de fontes como a Conferência das Nações Unidas sobre Comércio e Desenvolvimento (Unctad), International Trade Centre (ITC) e Banco Central do Brasil (BCB).
O InvestVis permite consulta a fluxos e estoques de IED desde o início das séries históricas. Segundo o MDIC, a plataforma visa simplificar o acesso aos dados, tradicionalmente complexos, e apoiar a formulação de políticas e estratégias empresariais.
Em 2023, o Brasil foi o quinto maior destino global de IED, com o setor de serviços captando 67,1% dos recursos e a indústria 18,2%, destacando-se a área de máquinas e materiais elétricos. Os principais investidores foram Estados Unidos (25,8%), Países Baixos (13,3%) e Reino Unido (11,1%). A atuação de países como a China por meio de intermediários explica a presença de nações como os Países Baixos no ranking.
O Brasil também se destacou como investidor no exterior, ocupando a 14ª posição em saída de IED, com US$ 29,9 bilhões investidos em 2023. Os principais destinos foram Estados Unidos (20,2%), Reino Unido (17,6%) e Luxemburgo (15,5%).
A participação das economias desenvolvidas nos investimentos globais caiu de 83,6% em 1990 para 34,8% em 2023, segundo dados da Unctad. Ao mesmo tempo, as economias em desenvolvimento aumentaram sua fatia para 65,2%, refletindo um novo equilíbrio no cenário econômico. A mudança destaca o crescimento desses países como emissores e receptores de investimentos, apesar do domínio histórico dos Estados Unidos e do Japão.
*Com informações do portal eixos.
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